> >
Construção civil abre mais de 5 mil novas vagas de emprego no ES

Construção civil abre mais de 5 mil novas vagas de emprego no ES

Lançamentos imobiliários vão criar 5.383 postos de trabalho

Publicado em 26 de agosto de 2018 às 23:33

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O carpinteiro Izael Ribeiro conseguiu uma chance no início deste mês após ficar três anos desempregado. (Vitor Jubini)

O pior da crise já passou. Prova disso, é que empresas voltaram a investir e, consequentemente, a abrir novas oportunidades de emprego. Um bom exemplo é o setor da construção civil, um dos mais impactados neste momento difícil da economia. As construtoras apostam em novos empreendimentos e preveem a abertura de 5.383 vagas.

As oportunidades são para profissionais de todos os níveis de formação, em funções como engenheiro, carpinteiro, pintor, técnico de edificações e técnico em segurança do trabalho. As chances serão oferecidas em todo o Estado.

Um bom exemplo entre as novas chances de trabalho estará em um empreendimento que deve começar a ser construído em Guarapari até o final do ano. A oferta será de 3,7 mil vagas, das quais 3 mil durante as obras e 700 depois de entregue.

Também há casos de construções que já começaram e que continuam com vagas em aberto. E quem já garantiu um espaço nessa nova era de oportunidades foi Izael Ribeiro, de 42 anos. Ele estava desempregado havia três anos e conseguiu voltar para o mercado no início deste mês como carpinteiro.

“Trabalhei muitos anos na construtora e por conta da crise havia sido demitido. Acredito que minha experiência e dedicação fizeram com que eu fosse chamado para trabalhar novamente”, destaca.

A empresa que Ribeiro trabalha já iniciou a obra em dois empreendimentos em Vitória. Juntas, elas vão contratar 250 profissionais.

Em loteamentos imobiliários também são geradas vagas de emprego. Uma imobiliária, especializada nesse tipo de empreendimento, deve lançar até meados do ano que vem três novos projetos na Serra e em Cariacica. A expectativa é de que sejam gerados 600 postos de trabalho, ou seja, 200 chances diretas e indiretas em cada um deles.

A psicóloga Martha Zouain lembra que, após o período da crise, as empresas de construção civil têm se mostrado mais criteriosas na hora de contratar. Segundo ela, algumas competências, flexibilizadas no passado pelo domínio de alguns conhecimentos específicos, hoje já não são negociáveis. “Um bom exemplo é um excelente pintor. Se ele não planeja bem nem é organizado dificilmente pode conquistar uma vaga”, avalia.

Obras imobiliárias devem voltar a empregar mais. (Divulgação/ CANAL ABERTO BRASIL)

MERCADO IMOBILIÁRIO RUMO À RECUPERAÇÃO

A construção civil foi um dos setores que mais sentiu a recessão. Para se ter uma ideia, o segmento foi responsável pelo fechamento de 22,2 mil postos de trabalho de 2014 até 2017 no Estado.

De acordo com o presidente do Sinduscon, Paulo Baraona, nos últimos três, anos as construtoras precisaram se adequar à nova situação. Para isso, uma das soluções foi diminuir o número de construções.

“No auge, em 2012, chegamos a ter algo em torno de 35 mil unidades em construção. Hoje, são 12 mil imóveis, que é o mesmo número de 2015. As empresas responsáveis foram se adaptando a essa nova realidade. A construção civil é uma das indústrias que precisa do fator confiança para crescer, pois ninguém compra imóvel se não tiver convicção econômica e política. No entanto, estamos passando por um período difícil por conta da eleição e tudo será definido depois deste período”, avalia.

Paulo Baraona aponta ainda que alguns empresários passaram a buscar fundos de investimentos como alternativa para reverter a falta de dinheiro no mercado. “A ideia é promover financiamentos com mais facilidade, além daqueles tradicionais. Essa foi uma das opções para continuar a construir”, diz o presidente do Sinduscon.

O empresário José Eduardo Kossatz de Berredo concorda que 2019 deve ser um ano de retomada, por conta da definição política. “A construção civil tem uma recuperação mais longa. Acreditamos que com a situação mais bem definida, o mercado retome o crescimento”, destaca.

Ele também destaca que é importante os governos voltarem a investir em infraestrutura. “A expectativa é de que a União, Estados e municípios injetem dinheiro em obras públicas, como estradas e escolas. Para isso, uma das alternativas é passar para a iniciativa privada com o objetivo de dividir as despesas e alavancar o nível de emprego no setor, entre outras coisas”, indica.

INVESTIMENTOS

 

Já o arquiteto Sandro Pretti lembra que 2017 foi considerado o fundo do poço para o mercado da construção civil, que ainda está longe de ser como era. “Os lançamentos estão mais contidos. O segmento vinha em ritmo acelerado e a crise pegou todo mundo de surpresa. Em 2016 e 2017, as construtoras precisaram se readequar a esse novo cenário. Agora a expectativa é de melhora”, afirma.

AS OPORTUNIDADES

 

ALFA CONSTRUTORA

A empresa vai construir um empreendimento no antigo estádio Davino Mattos, no Centro de Guarapari. As obras estão previstas para começar ainda no segundo semestre deste ano. O empreendimento contará com torres residenciais e comercial (composto por shopping center, apart hotel e salas comerciais). A expectativa é de que sejam gerados 3,7 mil empregos. Deste total, 3 mil oportunidades, contemplando operários, corpo técnico e funcionários de apoio administrativo. Quando estiver pronto serão 700 vagas (600 no centro de compras e 100 no setor hoteleiro). Os interessados poderão entregar os currículos após a construção do canteiro de obras, programada para dezembro. A previsão é de que as obras fiquem prontas em 30 meses.

ESPAÇO CONSTRUTORA

 

A construtora já iniciou a obra de um edifício na Praia da Costa. A expectativa é de que a unidade seja entregue em dezembro de 2019. Serão 70 vagas de emprego em cargos como engenheiro, pedreiro e ceramista. Os interessados devem entregar o currículo o canteiro de obra.

LORENGE

Dois novos empreendimento da construtora estão em fase de estrutura. Juntos vão gerar aproximadamente 250 empregos diretos e indiretos. Em Linhares, haverá um novo lançamento até o fim do ano que irá gerar aproximadamente 200 empregos diretos e indiretos. Os interessados devem mandar o currículo para o e-mail novostalentos@loren-

ge.com.br.

WL PRIME

O empreendimento WL Prime, na Rua Aleixo Netto, Praia do Canto, vai gerar 30 vagas de emprego. Os interessados podem enviar por e-mail o currículo: rh@wlempreendimen-

tos.com.br.

MORAR

A construtora está com oportunidades em aberto para atuação em sua equipe. No total, são três vagas, sendo uma para encarregado de obras, uma para técnico em Edificações e uma para estagiário de Administração. Para se inscrever na vaga de encarregado de obras, é necessário que o candidato tenha experiência em obras e ensino fundamental completo. Já para a vaga de técnico em Edificações, os requisitos são ensino técnico em Edificações e ensino fundamental completo. Para ambas as vagas, são oferecidos salário compatível com o mercado, participação nos resultados, planos de saúde e odontológico, e convênio com instituições de ensino. Os interessados em estagiar na área de Administração devem ter quatro horas disponíveis no dia. Os interessados devem enviar currículo para [email protected] com o nome do cargo no campo do assunto. Também é possível se cadastrar pelo site morar.com.br/contato/

trabalhe.

IMOBILIÁRIA UNIVERSAL

A expectativa é de que, entre agosto de 2018 e junho de 2019, a Imobiliária Universal lance três novos loteamentos na cidade de Serra e Cariacica. Para cada loteamento, são gerados, em média, 200 empregos diretos e indiretos. currículo para universal@imobiliariauni-

versal.com.br.

MRV

A MRV engenharia tem 40 oportunidades para corretor autônomo e 490 vagas estão previstas para serem abertas, entre 2018 e 2019, para as obras. Os currículos podem ser cadastrados no site www.mrv.com.br.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais