A indústria capixaba registrou a maior queda do país na produção física industrial acumulada no primeiro semestre. Com recuo de 5,5%, o Espírito Santo contrapôs a tendência positiva do país, que teve alta de 2,3% no mesmo período. No mês de junho, a indústria sofreu retração de 2,0% em relação a maio, enquanto 13 dos 15 Estados pesquisados tiveram resultado positivo. As informações foram divulgadas pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), na tarde desta quinta-feira (9).
Entre os setores da indústria capixaba, o segmento de minerais não-metálicos apresentou decréscimo de 19,4% no primeiro semestre influenciado pela queda da produção de granito e cimento. A produção de celulose (-10,4%), alimentos (-4,4%), e a indústria extrativa (-4,1%) completam a lista de recuos no resultado acumulado no período.
O único crescimento registrado de janeiro a julho ocorreu na metalurgia (2,3%), beneficiada pela produção de bobinas a quente de aço. Para o presidente da Federação das Indústrias do ES, Léo Castro, os novos investimentos previsto para petróleo e gás, totalizando R$ 18 bilhões, vão ampliar as oportunidades no setor metalmecânico.
"O desempenho preocupante da indústria capixaba no semestre comprova a necessidade de apoiarmos um novo ciclo de desenvolvimento, a partir da inovação, com maior conteúdo tecnológico e valor agregado. O cenário atual é ruim, mas precisamos olhar para o futuro e nos prepararmos para os novos investimentos previstos", destacou.
(Com a colaboração de Rafael Monteiro de Barros, da Rádio CBN Vitória)
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