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Marca de cerveja investe US$ 3,8 bi em maconha

Marca de cerveja investe US$ 3,8 bi em maconha

Aporte na canadense Canopy é o maior investimento já feito em cannabis

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 20:00

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A dona da cerveja Corona aposta que a legalização da maconha vai ganhar força em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, impulsionando os negócios. (Pixabay)

Depois de faturar por décadas com cerveja, uísque e vinho, a Costellation Brands, dona da cerveja Corona, vê seu futuro agora em folhas de maconha. Assim, ela investiu US$ 3,8 bilhões na empresa de cultivo de cannabis Canopy Growth - no maior acordo (legal) envolvendo a erva.

A dona da cerveja Corona aposta que a legalização da maconha vai ganhar força em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, impulsionando os negócios.

"Isso é combustível de foguete", disse o diretor executivo da Canopy, Bruce Linton, na conference call da companhia sobre os resultados do trimestre. "Seremos bem mais globais".

Agora, a Constellation terá participação de 38% na Canopy, contra 10% antes, de acordo com um comunicado divulgado nesta quarta-feira. O investimento recorde reflete um mundo no qual a maconha se tornou onipresente, à medida em que seu estigma de contracultura desaparece.

Agora, fabricantes de bebidas alcoólicas estão tentando acrescentar a cannabis como um ingrediente “ousado”, enquanto seu negócio tradicional desacelera. A Molson Coors Brewing começou uma joint venture com a Hydropothecary para desenvolver bebidas não alcoólicas com infusão de maconha voltadas para o mercado canadense. Já a Lagunitas, cervejaria artesanal da Heineken, lançou uma marca especializada em bebidas não alcoólicas com infusão de THC, o ingrediente ativo da maconha.

No dia 17 de outubro, o Canadá vai se tornar o primeiro país do G-7 a legalizar o uso recreativo da maconha. Nos Estados Unidos, a lei federal ainda proíbe a droga, mas estados como a Califórnia e o Colorado já a legalizara, e seu uso medicinal está crescendo.

O gasto global dos consumidores de cannabis alcançará os US$ 32 bilhões em 2022, o triplo dos níveis atuais, de acordo com um relatório divulgado esta semana pelas empresas de pesquisa americanas Arcview Market Research e BDS Analytics.

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Nos Estados Unidos, a indústria da maconha está ganhando força econômica e política, e já emprega mais de 200 mil trabalhadores.

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