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Restaurantes e lojas lideram novos negócios no ES

Restaurantes e lojas lideram novos negócios no ES

Após quatro anos em baixa, registros de empresas voltam a crescer

Publicado em 18 de agosto de 2018 às 00:36

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Suely e Gabriela Faiçal abriram um restaurante funcional aos pés da Pedra Azul. (Roger Dias de Freitas/divulgação)

A maior recessão econômica da história atingiu em cheio o sonho de muitos capixabas que pretendiam expandir ou abrir um negócio. Após quatro anos em queda, as constituições de empresas voltaram a crescer no Estado, ainda que de forma tímida.

Restaurantes e Lojas lideram novo negócios no ES

Em 2017, foram registrados 11.731 novos empreendimentos na Junta Comercial do Espírito Santo (Jucees), um crescimento de 5% em comparação com 2015, quando foram 11.164. Só neste ano, até julho, já são 6.924 aberturas. O destaque são a abertura de restaurantes, lojas de roupas e acessórios, lanchonetes e consultórios médicos.

Um desses novos negócios é o das empresárias Suely e Gabriela Faiçal, mãe e filha que desde 2009 têm o restaurante funcional d’Bem na Praia do Canto, e que neste ano realizaram o sonho da expansão, abrindo uma unidade aos pés da Pedra Azul, em Domingos Martins.

Suely conta que o projeto já vinha sendo estudado há algum tempo, mas a melhora ainda que inicial da economia foi fundamental na decisão.

“Estávamos esperando a oportunidade chegar e um bom lugar. Avaliamos abrir em Vila Velha ou em Jardim Camburi, mas fizemos a opção de subir as montanhas. Com a recuperação da economia, deu um pouco mais de otimismo para a gente abrir. No final do ano passado, a gente notou que as coisas deram uma melhorada e isso nos faz acreditar que daqui para frente vão melhorar ainda mais”, comenta.

Contando com a nova unidade, foram registrados 140 novos restaurantes e estabelecimentos similares no Estado neste ano, até abril, fazendo o segmento liderar pela primeira vez a abertura de empresas em terras capixabas.

Na sequência, o tipo de negócios que o Estado mais abriu foi as lojas de comércio de roupas e acessórios, com 139 constituições até abril. Lanchonetes, casas de suco e similares foram 108. Já os consultórios médicos, 103.

Segundo o economista e professor Mário Vasconcelos, os números da economia nacional nos últimos meses apontam para uma recuperação que, apesar de aquém do necessário, já dá mais otimismo ao empresário e ao novo empreendedor. “Apesar de ser um ano político e conturbado, os indicadores econômicos, como a taxa de juros e a inflação estável, aumentam a confiança de quem quer investir”, afirma.

Quanto aos setores em alta nessa retomada, o consultor empresarial na área de gestão e negócios Denilton Cunha atribui ao baixo custo de investimento e à demanda crescente.

“A área de restaurantes por exemplo não demanda um investimento tão alto e é um setor em voga porque com a saída da crise, aquele hábito de comer fora vai sendo recuperado. Já o segmento de vestuário também não requer um recurso tão grande, então é uma boa opção. Até porque, com a recuperação da renda, as pessoas também passam a gastar mais com roupas e acessórios”, destaca.

EMPREENDA

Com esses setores em alta e a economia se recuperando, esse é um bom momento para se investir em expansão ou criação de um negócio. No entanto, o especialista Denilton Cunha ressalta a necessidade de um bom planejamento e de fugir dos modismos.

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“Não pode abrir apenas porque o mercado está bom, tem que ver a aptidão da pessoa e se ela está disposta a esperar o retorno. Além disso, é preciso fazer o planejamento financeiro, ter uma planilha de custos o mais curta possível, checar demanda, analisar concorrentes e monitorar constantemente seus resultados”, aconselha.

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