No mundo virtual, a insegurança está por todos os lados, principalmente quando os assuntos são compras on-line e transações financeiras pela internet. Somente no setor de e-commerce, a Fundação Procon de São Paulo já identificou 421 lojas na web que trazem riscos ao consumidor. São empresas não recomendadas por não responderem às queixas registradas no órgão.
A maioria dessas páginas é construída para aceitar pagamento por um produto que nunca será entregue. Mas, além disso, esses sites, muitas vezes, visam também à captura de dados pessoais que serão usados por criminosos para criação de empresas de fachada, abertura de contas-corrente e obtenção de empréstimos.
Especialistas afirmam que é possível evitar ser enganado na rede, tomando cuidados ao navegar, ao comprar e ao se cadastrar num ambiente digital.
Checar a reputação da loja nos canais de reclamações de consumidores pode ser uma tática.
Outro segredo é ainda verificar, segundo o consultor de tecnologia Gilberto Sudré, se o site tem certificado de segurança e ainda conferir se o link é realmente da empresa que está fazendo a negociação, já que existem muitas páginas falsas de lojas tradicionais. É importante ficar atento ao que é solicitado. As inseguranças estão ficando mais graves, afirma Sudré, ao acrescentar também que alguns consumidores entram em sites perigosos porque estão com o computador, celular ou roteador da internet infectados por vírus. Mesmo digitando o endereço eletrônico correto, o usuário é direcionado para outro local.
SITES SEGUROS
Comprar em sites com certificados é crucial para evitar cair em golpes que pode trazer danos financeiros e dores de cabeça ainda piores. Estudo feito pela BigData Corp, a pedido da Serasa Experian, identificou que mais de 40% dos sites brasileiros, cerca de 7,2 milhões, não têm certificado de segurança. Entre as lojas virtuais, por exemplo, 21,23% não apresentam o sistema de proteção.
CEO e fundador da BigData Coro, Thoran Rodrigues explica que muitas pessoas podem não entender a relevância dessas ferramentas, mas elas são essenciais para proteger o que o consumidor transmite a uma empresa. Ao preencher os números do cartão de crédito, por exemplo, as informações chegam até o site de forma aberta. Se alguém estiver vigiando a rede, pode capturar esses dados.
Ele destaca que a situação no Brasil melhorou muito, já que há dois anos 60% dos sites não tinham certificado. Outro ponto de alívio é que 80% das grandes empresas do varejo virtual e das instituições financeiras têm páginas protegidas.
Na hora de escolher onde comprar, a pessoa deve verificar se tem o cadeado. Sites que não são protegidos mostram que não se preocupam com a segurança. Isso vale também para portais de notícias. O certificado é um selo de que um conteúdo não é fake news, analisa.
EXPIRADO
Para os negócios que vivem de vendas da internet ou que querem ter visibilidade na rede, o certificado é essencial para não assustar potenciais clientes.
O levantamento da BigData Corp também revela que alguns sites têm certificado expirado, o que é muito pior, para o empreendedor, do que não ter. Um quarto está nessa situação. Quando tenta acessar a página, a pessoa se depara com uma tela vermelha, alertando para a ameaça. Existem navegadores que também estão restringindo o acesso aos sites não seguros.
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