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Trump flexibiliza cota de aço do Brasil, Argentina e Coreia do Sul

Trump flexibiliza cota de aço do Brasil, Argentina e Coreia do Sul

Decisão dos EUA deve-se à falta do produto para empresas no país

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 11:11

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Os três países beneficiados são os únicos que, até o momento, conseguiram negociar com o governo Trump a criação de cotas em que ficariam livres da sobretaxa. (Reprodução/Pixabay)

Pressionado pela indústria americana, o presidente Donald Trump anunciou na noite desta quarta-feira um alívio para as cotas de importação de aço de Brasil, Argentina e da Coreia do Sul, além da de alumínio da Argentina. Na prática, a medida permite que empresas comprem insumos destes países sem ter que pagar as sobretaxas de 25% para o aço e de 10% para o alumínio, anunciadas pelo presidente em março, mesmo que as cotas estabelecidas para cada país já tenham sido atingidas.

“As empresas podem solicitar exclusões de produtos com base na quantidade insuficiente ou na qualidade disponível dos produtores de aço ou alumínio dos EUA”, diz o comunicado assinado por Trump, indicando que se refere a produtos específicos e pontuais. “Nesses casos, uma exclusão da cota pode ser concedida e nenhuma tarifa seria devida.”

Os três países beneficiados são os únicos que, até o momento, conseguiram negociar com o governo Trump a criação de cotas em que ficariam livres da sobretaxa — em geral, uma média sobre os últimos três anos de importações americanas. A cota brasileira, por exemplo, previa uma redução de 12% sobre o valor vendido aos EUA em 2017.

A sobretaxa do aço foi um dos primeiros capítulos da guerra comercial do governo Trump. Visando a atingir sobretudo a China, o governo americano impôs uma regra geral e, aos poucos, foi renegociando com cada país.

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Em um primeiro momento, havia dado alívio para os produtos de Austrália, União Europeia, México e Canadá, mas apenas Brasil, Argentina e Coreia do Sul fecharam acordos definitivos. O tema do aço é um dos mais sensíveis nas renegociações do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), que ainda não está fechado apesar do anúncio de um compromisso preliminar entre EUA e México. Vários países anunciaram que vão à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a sobretaxa.

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