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Cantor sertanejo é um dos presos em operação contra fraude bancária

Cantor sertanejo é um dos presos em operação contra fraude bancária

Quadrilha desviou mais de R$ 30 milhões de correntistas no Rio de Janeiro e no Paraná

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 13:55

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Policiais civis apreenderam computadores em casa de suspeitos. (Reprodução TV Globo)

Uma quadrilha de estelionatários roubou mais de R$ 30 milhões de contas bancárias, em um ano, aplicando golpes em correntistas. Nesta segunda-feira, 27 suspeitos foram presos no Rio de Janeiro e no Paraná. Segundo o Ministério Público do Paraná, em Ponta Grossa, no interior do Paraná, o cantor sertanejo Rick Ribeiro foi detido. Ele seria um dos hackers do grupo e usaria o dinheiro das fraudes para financiar seus clipes. Além disso, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão.

De acordo com Polícia Civil, o grupo tinha como “vítimas” tanto pessoas físicas, quanto grandes empresas. Os criminosos entravam em contato com as vítimas indicavam certos números para que as vítimas digitassem na barra de rolagem do computador e, dessa forma, conseguiam os dados bancários.

Segundo a polícia, o grupo atua no Sul Fluminense há mais de uma década, mais precisamente em Barra Mansa. Com acesso a dados cadastrais sigilosos, os suspeitos entravam em contato com as vítimas ou até mesmo departamentos jurídicos de grandes empresas e se passavam por funcionários de bancos.

Golpes em 20 minutos

Os criminosos forjavam um processo de atualização de cadastro. Com direito a número de protocolo, as vítimas eram direcionadas para uma página clonada e “hackers” tinham acesso a dados sigilosos. Com as senhas, os golpes levavam no máximo 20 minutos, tempo suficiente para que quantias altas fossem transferidas para diversas contas de “laranjas”.

Outra parte da quadrilha, então, entrava em ação, seguindo até agências bancárias para efetuar saques. Uma grande empresa do ramo de planos de saúde, por exemplo, sofreu golpes estimados em R$ 500 mil.

Os criminosos levavam menos de dez minutos para fazer as transferências.

Foto da lancha do suspeito identificado como Washington José Felicio, apreendida em Angra. (Divulgação do Ministério Público-RJ)

A segunda fase da Operação Open Doors tem o objetivo de cumprir 43 mandados de prisão e mais de 40 de busca e apreensão em sete estados do país. Ao todo, 237 suspeitos foram denunciados. Os suspeitos serão indiciados por diversos crimes, entre eles organização criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado.

 

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