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Dez anos após crise global, renda fixa foi melhor aplicação no Brasil

Dez anos após crise global, renda fixa foi melhor aplicação no Brasil

Investidor que aplicou R$ 1 mil em setembro de 2008 teria hoje R$ 2.440

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 11:19

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Em dez anos, renda fixa foi a melhor aplicação no Brasil . (Thanassis Stavrakis/AE)

Em 15 de setembro de 2008, o banco de investimentos americano Lehman Brothers foi à lona, causando um efeito cascata nos mercados financeiros globais, levando países e grandes empresas à bancarrota e provocando uma crise econômica sem precedentes, que ficou conhecida como a "Grande Recessão". Numa década turbulenta para os mercados e para a economia global, uma realidade não se alterou no Brasil: a renda fixa, com os juros altos praticados no país, foi a aplicação mais vantajosa nesse período.

Um investidor que aplicou R$ 1 mil em um fundo de renda fixa com rendimento de 90% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) em setembro de 2008 agora teria um total de R$ 2.440,44. Já quem colocou a mesma quantia num fundo de ações atrelado ao Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, teria apenas R$ 1.578,10 para retirar agora.

Na avaliação de especialistas, este cenário foi motivado pelo longo período no qual a taxa básica de juros (Selic) estava muito alta, fazendo com que a renda fixa fosse mais vantajosa que investimentos de risco.

"Nos últimos anos, a taxa de juros, em média, foi de 10% ao ano. Já na Bolsa, a média anual de ganho foi de 4,5%. Com os juros altos durante um bom tempo, foi mais interessante investir na renda fixa, uma aplicação praticamente sem riscos, do que se aventurar na renda variável", explica Sandra Blanco, consultora de investimentos da Órama. "Neste cenário, muitas pessoas deixaram de investir no Ibovespa. Se, um mercado ativo, a rentabilidade das ações acaba caindo".

Um outro ponto citado pelos analistas para explicar o fraco desempenho da Bolsa brasileira foi a desvalorização das commodities.

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"Nos últimos anos, o preço do petróleo, do minério de ferro e outras commodities teve relativa queda. Uma vez que empresas que negociam estes produtos têm grande peso no Ibovespa, a desvalorização contribuiu para que os ganhos na Bolsa fossem reduzidos", indicou Daniel Vairo, sócio e gestor da Pacífico Gestão de Recursos.

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