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Entidades de caminhoneiros se posicionam contra paralisação

Entidades de caminhoneiros se posicionam contra paralisação

CNTA e Abcam dizem que não apoiam nova greve e que negociam com o governo

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 02:02

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Caminhoneiros deixaram de circular durante greve que aconteceu em maio. (Internauta Bruno Grassi)

Representantes das principais entidades de caminhoneiros disseram ontem que negociam com o governo após a alta de 13% no preço do diesel anunciada pela Petrobras, na última sexta-feira (31).

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, não há chance de paralisação entre os associados da entidade.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) também afirma que não apoia uma eventual nova paralisação e acrescenta que não há indicativo de nova greve por parte dos caminhoneiros.

Juntas, as duas associações reúnem 1,5 milhão de caminhoneiros.

Segundo a Casa Civil, o governo federal está cumprindo o que foi combinado com os caminhoneiros em maio e continua dialogando com a categoria. Em nota, a pasta informou ainda que as ameaças de paralisação não são dos líderes que comandaram a greve há pouco mais de três meses.

No fim de semana, uma nota distribuída por uma entidade de caminhoneiros convocando, por rede social e aplicativos de celular, uma nova greve para o dia 9 deste mês causou apreensão.

Mesmo não sendo reconhecida por outras entidades representativas dos caminhoneiros, a convocação da União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC) provocou o temor de um novo período de desabastecimento e resultou em filas em postos de combustível de diversas regiões do país, como em Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), ontem.

FRETE

Em meio aos crescentes rumores de uma nova paralisação, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que vai ajustar a tabela de preços mínimos de frete, por causa da alta recente de 13% no preço do diesel nas refinarias.

Hoje técnicos da agência se reúnem com o ministro do Transportes, Valter Casimiro Silveira, para definir a calibragem do reajuste. O tabelamento do frete rodoviário foi um dos pedidos dos caminhoneiros atendidos pelo governo Michel Temer para pôr fim, em maio deste ano, à paralisação da categoria que durou até 11 dias em algumas regiões e provocou grave crise de abastecimento no País.

Uma lei sancionada em 8 de agosto estabelece que uma nova tabela de preços deve ser publicada toda vez que o diesel variar mais do que 10%.

A expectativa é de que os ajustes sejam anunciados em poucos dias. Caminhoneiros também reclamam que a ANTT precisa fiscalizar a aplicação da tabela por parte dos contratantes, o que não estaria ocorrendo em várias partes do País.

A ANTT argumenta, no entanto, que precisa de uma regulamentação específica para poder fiscalizar os preços cobrados no transporte de cargas - algo que nunca foi feito no Brasil. Isso demanda discussões com todos os envolvidos e abertura de consulta pública, cujo prazo pode chegar a 60 dias. Na prática, a fiscalização não começará imediatamente.

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(Com informações do G1 e Agência Estado)

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