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No mercado de trabalho, o futuro já chegou

No mercado de trabalho, o futuro já chegou

Aos interessados em se manter ou ingressar no mercado, é preciso entender que não só de conhecimento técnico se formam as organizaçõe

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 10:49

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(Reprodução/Pixabay)

Não há como negar que o ambiente corporativo segue em constante transformação, muito como reflexo dos avanços tecnológicos. Em diferentes áreas das organizações, a tecnologia tem se instalado nos processos e nas rotinas para garantir mais produtividade, assertividade nos resultados e a liberação de tempo para que os profissionais foquem em ações estratégicas, no lugar das operacionais.

Recentemente, o World Economic Forum lançou o estudo “The Future of Jobs Report 2018”, que, entre outras questões, apresenta uma reflexão importante envolvendo tecnologia, empregos e habilidades. De acordo com conclusões do relatório, “novas tecnologias podem orientar o crescimento dos negócios, a criação de empregos e a demanda por habilidades específicas, mas também pode impulsionar grandes transformações quando certas atividades tornam-se obsoletas ou são automatizadas. O gap de qualificação – tanto entre os trabalhadores quanto entre os líderes – pode acelerar as tendências para automação em alguns casos, mas também pode criar barreiras à adoção de novas tecnologias e, portanto, ao crescimento do negócio”.

Ao fazer um recorte sobre o cenário no Brasil, o estudo do World Economic Forum revela que as cinco tecnologias mais incorporadas ao ambiente corporativo têm sido análise de big data (opinião de 92% dos respondentes); APP e web (82%); machine learning (79%); internet das coisas (79%) e realidade aumentada e virtual (70%). Porém, aos interessados em se manter ou ingressar no mercado, é preciso entender que não só de conhecimento técnico se formam as organizações.

Como venho observando há algum tempo – e foi confirmado pelo estudo –, as habilidades comportamentais da equipe estão sendo muito valorizadas pelos empregadores, com destaque para resiliência, tolerância ao estresse, flexibilidade, aprendizagem ativa, liderança e influência, além de pensamento analítico, criativo, inovador e crítico e capacidade para resolução de problemas complexos. A velocidade com a que a tecnologia transforma o ambiente de trabalho exige a necessidade de reunir competências que permitam a maior adaptação às mudanças.

A verdade é que, independentemente do nível de influência que a tecnologia alcance nos negócios de uma organização, as pessoas e suas competências continuam a ser essenciais para fazer a roda girar. Ainda que exista mecanização e robotização das ações, o elemento humano continua a ser extremamente relevante para tomar decisões estratégicas, desempenhar atividades de relacionamento, criar e motivar equipes.

‘Tecnologia é parte e uma nova era que veio para ficar’

Aos profissionais, minha recomendação é: entendam que a tecnologia faz parte de uma nova era que veio para ficar e não há chances de retrocesso. Sempre foi assim, mas agora o ritmo é mais intenso. Inicie o processo de adaptação buscando formas de oferecer um serviço mais consultivo e estratégico ao empregador, mostrando que está apto a sair do operacional. Esforce-se para entender os benefícios do novo momento e se adequar antes de resistir ou temer perder o emprego.

Se você ocupa um cargo de gestão, atente-se à missão de manter o time engajado neste momento de transformação. A tarefa não é fácil, mas pode ser mais possível se você se dispuser a ouvir atentamente as preocupações dos funcionários, souber explicar ao grupo os impactos e benefícios da mudança, incentivar o time a manter ou desenvolver as habilidades relevantes e, por meio de treinamentos e reuniões, fornecer suporte a esse momento.

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Às equipes de recrutamento das organizações, a sugestão é que, diante de demandas pontuais, avaliem a possibilidade de contratar profissionais temporários com habilidades relevantes para as novas tecnologias. Quase 75% dos empregadores entrevistados pelo World Economic Forum indicaram a alternativa como solução para suprir as necessidades de conhecimentos específicos. Trata-se de um movimento já consolidado na Europa e nos Estados Unidos e que começa a ser entendido no Brasil como uma ação estratégica para cargos que vão de analistas a diretores. São profissionais que chegam para eliminar a sobrecarga da equipe fixa, sem inflar o quadro de colaboradores permanentes.

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