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Bônus para servidor agilizar análise de benefício não sai em 2018

Bônus para servidor agilizar análise de benefício não sai em 2018

Medida provisória foi preparada, mas falta de orçamento barrou projeto, diz presidnete do órgão

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 15:25

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INSS. (Antonio Cruz|Agência Brasil)

O bônus por desempenho que seria criado para os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberem um valor a mais por cada análise de requerimento de benefício não será implementado neste ano. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, o presidente do órgão, Edison Garcia, informou que todo o estudo para a criação da bonificação foi feito, e uma medida provisória já finalizada está com o Ministério do Planejamento e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Segundo ele, no entanto, a decisão de aprovar o texto ficará para o próximo governo.

"Para aprovar a criação do incentivo para o servidor, que seria de R$ 60 por processo analisado, dependemos de uma medida provisória, que foi criada e finalizada. Porém, não sairá do papel neste ano por restrições orçamentárias. Deixaremos tudo pronto para que, em 2019, a próxima gestão estude a possibilidade de aprovação", disse Garcia.

Em julho deste ano, o GLOBO publicou com exclusividade que o INSS estudava a criação da bonificação individual por desempenho, que serviria, especialmente, para estimular a celeridade dos servidores na análise e na concessão de aposentadorias.

Além do bônus, o órgão cogitou criar o teletrabalho (home office) para os servidores. Na ocasião, Garcia disse que o trabalho seria feito de forma on-line, com a análise virtual dos requerimentos de benefícios feitos pelos segurados. A ideia do atual presidente já tinha parecer favorável da Procuradoria-Geral da União (PGU).

Na reta final de sua gestão, Garcia afirmou ainda que deixará para o próximo governo uma série de propostas e diagnósticos que poderão melhorar a gestão e funcionamento do INSS. Segundo ele, o próximo presidente precisa ter ciência das deficiências e das necessidades de um dos órgãos mais importantes do país.

"Além da reforma da Previdência Social, precisamos enfrentar a urgente reforma estrutural do INSS, dando a ele pessoal (mais servidores), estrutura de informática (para otimização do trabalho) e instalações adequadas para os servidores", informou o presidente do instituto.

ATUAL GESTÃO TENTA DIMINUIR CAOS

Para tentar diminuir o tempo de resposta aos requerimentos de benefícios, o INSS passa a ter, nas Gerências Executivas de todo o país, uma central de análise de pedidos. Ao todo, serão 104 centrais no Brasil, o que corresponde ao total de gerências.

No Estado do Rio, serão sete unidades do gênero, sendo duas delas na capital, para analisar os pedidos feitos pelos segurados e os documentos digitalizados. A criação da força-tarefa para agilizar a concessão de aposentadorias foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira, dia 17.

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As centrais funcionarão da seguinte forma: um grupo de servidores trabalhará de forma remota e exclusiva para a análise e a concessão de benefícios, já que terão acesso ao sistema com todos os dados e a documentação escaneada dos segurados. Caso tenha necessidade de realocação de algum funcionário, o mesmo não precisará sair da agência em que atua, já que o trabalho do grupo será feito de forma virtual.

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