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Produção industrial recua 0,3% em agosto

Produção industrial recua 0,3% em agosto

Desde o fim de 2015 a indústria não apresentava duas quedas seguidas. Em julho, houve variação negativa de 0,2%

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 12:47

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Indústria automobilística vem ajudando positivamente o setor. (Reprodução/Pixabay)

A produção industrial se manteve no campo negativo e caiu 0,3% na comparação com julho. No ano, entretanto, o setor acumula expansão de 2,5%, e em 12 meses a alta é de 3,1%. A previsão dos analistas ouvidos pela Bloomberg era de crescimento de 0,4% em agosto. Há um ano, em igual período, a indústria havia recuado o mesmo percentual de 0,3%. A queda deste mês foi motivada, principalmente, pelo recuo dos derivados de petróleo e biocombistíveis.

Este foi o segundo mês seguido de comportamento negativo, acumulando uma perda de 0,4% no período nos meses de julho e agosto. O gerente da pesquisa de indústria do IBGE, André Macedo, ressalta que desde o final de 2015 a indústria não apresentava dois recuos consecutivos na produção. Com os últimos resultados, a produção industrial volta ao patamar de abril de 2018. No entanto, ao contrário do mês passado, quando a queda foi concentrada, neste mês há um maior espalhamento de resultados negativos.

"Mesmo com esses dois movimentos de queda muito próximos da margem, a produção industrial está em um patamar exatamente igual ao que ela tinha antes da greve dos caminhoneiros, que influenciou tanto o resultado negativo de maio, quanto o positivo de junho", analisou Macedo.

Derivados do petróleo influenciam queda

Em agosto, na comparação com julho, dois dos quatro grandes grupos registraram queda na produção: bens intermediários (-2,1%) e bens de consumo semi duráveis e não duráveis (-0,6%). Das 26 atividades pesquisadas, 14 tiveram queda. O principal comportamento negativo foi o de derivados de petróleo e biocombustíveis (-5,7%), que interrompeu a sequência de resultados positivos iniciada em março.

"Essa queda mais acentuada foi, de alguma forma, influenciada pela paralisação de uma refinaria importante, que interrompeu sua produção devido a um incêndio", explicou Macedo.

Os setores de bebidas (-10,8%), extrativo (-2,0%) e de produtos alimentícios (-1,3%) completaram as atividades que mais impactaram negativamente a taxa de agosto.

As principais influências positivas foram dos segmentos de veículos automotores (2,4%), segmento farmacêutico (8,3%), de equipamentos de informática e produtos eletrônicos (5,1%) e atividade de celulose, papel e produtos do papel (2,0%).

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No ano, no entanto, o setor segue no campo positivo. Acumula alta de 2,5%, com resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, em 16 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e em 52% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (18,4%) exerceu a maior influência positiva na formação da média da indústria, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças.

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