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Vitória e Vila Velha entre as cidades que mais valorizam

Vitória e Vila Velha entre as cidades que mais valorizam

Preço do metro quadrado está subindo acima da média nacional

Publicado em 5 de outubro de 2018 às 04:57

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Praia do Canto está na lista dos bairros mais valorizados de Vitória. (Gildo Loyola)

Vila Velha e Vitória estão entre as cinco cidades com imóveis que mais valorizaram no país. Além disso, o preço das propriedades está subindo acima da média nacional. No acumulado deste ano, por exemplo, o valor do metro quadrado na Capital teve alta de 1,34%, chegando a R$ 5.790.

De acordo com a Pesquisa FipeZap, que monitora o comportamento do preço de venda de imóveis residenciais em 20 cidades brasileiras, Vitória é a quarta com maior valorização dos preços, seguida por Vila Velha, cujo crescimento de janeiro a setembro foi de 1,01%, alcançando o valor médio de R$ 4.685 por m2.

A capital capixaba tem um desempenho ainda maior quando se analisa os últimos 12 meses, cuja valorização foi de 2,74%, o segundo maior do país, ficando atrás apenas de São Caetano do Sul (2,86%), em São Paulo.

Apesar da alta valorização, o preço médio em Vitória é apenas o 10º mais caro do país, enquanto Vila Velha é o terceiro mais barato.

Segundo o estudo, 11 das 20 cidades monitoradas registraram queda nominal no preço de venda residencial e nove cidades aumentaram os preços neste ano. A média do m2 no país, neste ano, caiu 0,32%, ficando em R$ 7.525.

NO MERCADO

Existem alguns fatores que influenciam o aumento do preço de mercado de imóveis, entre eles o anúncio de novos empreendimentos ou a falta deles.

Segundo o diretor de economia e estatística do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon), Eduardo Borges, em um período de crise, as empresas reduzem o número de lançamentos, com o foco em vender o que está em obra e, sobretudo, aqueles que já estavam prontos. Dessa forma, depois de alguns anos com menos imóveis em oferta, além de uma perspectiva de maior demanda dos clientes, o preço tende a inflacionar.

“O cenário é de estabilidade de preços. Porém, o volume de oferta de imóveis está caindo. Com isso, as empresas estão confiando que os preços vão voltar a subir”, argumenta.

Já o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), Sandro Carlesso, lembra que a extensão territorial de Vitória e o seu Plano Diretor Urbano (PDU), que restringe construções muito altas por causa do aeroporto, influenciam diretamente o preço na Capital.

INFLAÇÃO

Embora tenha ocorrido alta no preço médio do metro quadrado, o coordenador do FipeZAP, Eduardo Zylberstajn pondera que o aumento ainda é pequeno.

No país, nos últimos 12 meses houve um recuo nominal de 0,28% nos preços, enquanto que a inflação registrada foi de 4,45% no mesmo período. Com isso, o valor médio de venda de imóveis residenciais teve queda real de 4,54% em um ano.

“De uma maneira geral, o que vemos é que ainda vivemos em um cenário de queda nos preços dos imóveis, apesar de algumas cidades terem variação positivas. Essa diferença ainda perde para a inflação, em função de toda a situação econômica que estamos vivendo”, explica Zylberstajn.

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