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Preços da gasolina, gás de cozinha e luz sobem no ES e pesam no bolso

Preços da gasolina, gás de cozinha e luz sobem no ES e pesam no bolso

Apenas o combustível acumula alta de 14,91% desde janeiro

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 01:57

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(Divulgação)

Na hora de pagar para abastecer o carro ou ao colocar no papel as contas do mês, o consumidor percebe que está gastando cada vez mais. Os preços do gás de cozinha, da gasolina e da energia elétrica subiram muito nos últimos meses e estão pesando cada vez mais no bolso dos capixabas.

Esses produtos e serviços básicos do dia a dia das famílias subiram bem acima do salário mínimo (que aumentou 1,81% em 2018) e da inflação acumulada de janeiro a outubro na Grande Vitória (4,51%). Com isso, o consumidor está tendo que desembolsar cada mês um pouco mais, o que tem comprometido o orçamento doméstico.

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Ricardo Paixão, a inflação está razoavelmente sob controle no país, fazendo com que a maioria dos produtos não tenham grandes variações de valores. Ele destaca, porém, que os preços da gasolina, do gás e da energia seguem outros modelos de precificação, definidos ou pela política de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ou pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em 2018, os maiores reajustes que o consumidor está enfrentando vem da conta de energia. No Estado, eles se deram nas duas empresas concessionárias do serviço, a EDP e a Luz e Força Santa Maria (ELFSM).

No caso da EDP, a tarifa cobrada para consumidores residenciais sem a cobrança de impostos que vigorava até o dia 6 de agosto deste ano era de R$ 0,48478. A partir do dia 7 daquele mês e até o próximo ano, o valor a ser cobrado passou a ser de R$ 0,56228. O que significa um aumento de 15,99%.

Já os municípios atendidos pela ELFSM tiveram reajuste de 14,16%. O preço do kWh praticado pela empresa até o dia 06 de agosto deste ano passou de R$ 0,5393 para R$ 0,61568.

Esse ajuste que as empresas fazem anualmente são calculados pela Aneel. De acordo com elas, ele é uma atualização dos custos obtidos da geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, assim como com os encargos setoriais, conforme regras estabelecidas pela própria Aneel.

“Além disso, em função da falta de água nos reservatórios para a geração de energia, tivemos nesse ano cinco meses consecutivos de bandeira vermelha, o que elevou o a conta do consumidor ainda mais. De julho a outubro, a cada 100 kWh consumidos havia um acréscimo de R$ 5 na conta de luz. Neste mês temos a bandeira amarela, onde há um acréscimo de R$ 1 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos”, lembra o professor de Economia da Ufes Luiz Antonio Saade.

NAS BOMBAS

Outro item de extrema importância no dia a dia é a gasolina. De janeiro a novembro deste ano, o combustível teve uma alta de 14,91%. De acordo com a ANP, no início do ano, o preço médio do litro estava em R$ 4,071 no Estado, já no mês passado R$ 4,678.

Entre os motivos que fizeram com que o valor do combustível aumentasse está a alta no preço do barril do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio. O preço da gasolina está diretamente ligado a esses dois fatores, ou seja, se os preços lá fora estão em alta, ela é repassada aqui.

Em setembro, a Petrobras informou que o preço médio do litro da gasolina nas refinarias aumentaria em 2,8%. Já no mês passado a estatal reduziu em R$ 0,92 o preço do litro do combustível que sai das refinarias. “Mesmo com a redução que a empresa aplica não há garantia de que ele seja repassado ao consumidor imediatamente e na mesma proporção”, explica o economista Sebastião Demuner.

NA COZINHA

O botijão de gás é o combustível mais utilizado nas casas dos brasileiros. O seu preço depende diretamente do mercado externo. Esse item, que é básico para nos lares capixabas, teve um aumento médio de 8,24% apenas neste ano.

Parte do gás de cozinha utilizado no país é importado. Dessa forma, qualquer alteração na taxa de câmbio altera diretamente o valor do botijão. Mesmo que a inflação esteja menor do que a alta da taxa de câmbio, o preço do gás vai acompanhar o dólar.

Para suavizar a mudança o impacto da volatilidade do mercado externo, que fez o gás de cozinha subir 15,5% em 2017, no final do ano passado a Petrobras anunciou uma nova mudar a política de preços. Os novos preços passaram a ser divulgados em janeiro, abril, julho e outubro de cada ano.

Em janeiro deste ano, a botija de 13 kg, sem tributos, nas refinarias da companhia, custava R$ 23,16. Em abril, teve redução de 4,4%, caindo para R$ 22,13. Em julho, passou para R$ 23,10, uma alta de 4,4%. E no mês passado subiu 8,5%, chegando a R$ 25,07.

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