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Casa do Mel vai industrializar 2 toneladas do produto por mês

Casa do Mel vai industrializar 2 toneladas do produto por mês

Associação de apicultores espera ampliar produção e fabricar derivados

Publicado em 31 de dezembro de 2018 às 01:04

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Cerca de 20 apicultores de Viana, Cariacica, Serra e Vila Velha utilizam o local. (Reprodução)

O mel de abelha é um dos principais produtos do agronegócio do município de Viana, na Grande Vitória. A importância dele para a cidade vem crescendo tanto que os apicultores ganharam um espaço para industrializar suas produções. A expectativa é que, a partir de janeiro, o local manufature aproximadamente 2 toneladas de mel por mês.

A Casa do Mel de Viana ocupa uma área de 175 metros quadrados, espaço para que o apicultor realize o beneficiamento do mel. O maquinário do local permite a abertura dos favos de mel para retirar o líquido, centrifugação e envasamento do produto. As garrafas de mel que saírem do local já terão o selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), mas os produtores estão em busca de conseguir o Susaf, selo para comercialização em todo o Estado.

A agroindústria foi construída pela prefeitura do município e está localizada na Fazenda Experimental Engenheiro Reginaldo Conde, que pertence ao Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em Jucuruaba. “Para nós, é importante a Casa do Mel ter sido construída fora da cidade. Pelo fato do mel ser um produto que atrai abelhas, a fazenda foi o local ideal”, comenta Guilherme Wilson Cardoso, fiscal da Associação Vianense de Apicultores (Aviapes), a responsável pelo gerenciamento do local.

Cerca de 20 apicultores de Viana, Cariacica, Serra e Vila Velha utilizam o local. Antes de começar a trabalhar com a produção, eles precisaram primeiro passar por um treinamento e aprender noções de higiene e processamento do mel.

POTENCIAL

O potencial de produção de mel de abelha no Estado ainda é grande. De acordo com especialistas, o fato de o Estado ter amplas áreas de reserva ambiental faz com que o mel produzido aqui seja especial.

Em Viana, as maiores concentrações de colmeias estão localizadas nas regiões rurais de Jucu e Baía Nova. “Nesses locais há plantas nativas que oferecem condições ideais para as abelhas produzirem mel silvestre sem utilização de agrotóxico”, explica o presidente da Aviapes, Maurílio Brandão.

Os apicultores de Viana também trabalham de forma itinerante, ou seja, as caixas de abelhas ficam instaladas nos locais onde há florada. Para isso, eles têm um calendário de acompanhamento da época de florada de cada planta.

Segundo o Censo Agropecuário 2017 do Instituto Brasileiro do IBGE, o Estado tem 882 estabelecimentos que trabalham com a criação de abelhas. Ao todo são 24.973 caixas de abelhas espalhadas pelo Espírito Santo. Ainda segundo o IBGE, no ano passado, o Estado comercializou formalmente cerca de 600 toneladas do produto, vendido em média por R$ 30 o quilo.

De acordo com o Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Viana, Edinho Maioli, o município produz uma média de 2 toneladas de mel por mês, essa será a produção base para o funcionamento da agroindústria.

Além do mel de abelha, os apicultores já estão de olho em maneiras de agregar valor a produção. Segundo Guilherme Wilson, outro produto que deve ser incluído na linha de produção é o estrato de própolis.

“Também queremos que as esposas dos apicultores participem da associação. A ideia é que elas produzam derivados do mel e da própolis para montar uma linha de cosméticos naturais, como sabonetes e shampoos”, conta.

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