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Mansueto diz que reforma da Previdência parece consenso, mas não é

Mansueto diz que reforma da Previdência parece consenso, mas não é

Secretário do Tesourno Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que ainda não há convergência sobre que tipo de proposta será enviada ao Congresso Nacional

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 15:41

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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. (Divulgação/Ministério da Fazenda)

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, que permanecerá no cargo durante o governo de Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira que, embora pareça haver consenso sobre a necessidade da reforma da Previdência, ainda não há uma convergência sobre que tipo de proposta será enviada ao Congresso. De qualquer forma, considera que a chance de aprovação em 2019 é alta.

"Em finanças públicas, tudo parece ser consensual, mas não é. As reformas da Previdência e tributária parecem consensuais, mas quando se coloca a proposta na mesa não há consenso coisa alguma", disse o secretário, durante sua palestra em evento que discute o papel do Estado na economia, realizado em São Paulo pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Universidade Columbia, de Nova York, a Fundação Lemann, a Casa das Garças e o canal Um Brasil.

Depois, afirmou que, para construir consenso, é preciso insistir na explicação para a sociedade. "Temos de colocar esses dados sobre Previdência e ajuste fiscal de uma forma muito clara", disse. "Queremos acreditar que há consenso para o ajuste, mas, pela minha experiência, esse consenso não existe", ressaltou. "Mas há três anos não se falava de reforma da Previdência, o debate amadureceu", disse.

Apesar de ainda não haver uma definição sobre como será a proposta, Mansueto acredita que é alta a chance de aprovação da reforma já no primeiro ano do governo de Bolsonaro, porque existe consenso em relação a algumas questões fundamentais, como, por exemplo, a criação da idade mínima.

No entanto, ele lembrou que o sucesso da reforma depende da capacidade política do próximo governo. "O governo tem o segundo maior partido do Congresso, mas precisa construir uma coalizão e isso não é simples", disse. "No governo Temer, aprovamos algumas reformas, como o teto dos gastos, e, para isso, foram necessários muitos cafés, almoços e jantares", afirmou.

O secretário destacou também que o poder Executivo vai precisar de um diálogo mais produtivo com o poder Judiciário porque as reformas passarão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e é importante que os ministros da corte conheçam o impacto econômico das medidas antes de tomar suas decisões. "E isso só ocorrerá com muito diálogo", disse ele, para quem a interlocução entre esses poderes tem sido "muito pequena" nos últimos anos.

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O secretário do Tesouro Nacional ainda afirmou que não vê problema algum no fatiamento da reforma da Previdência se isso representar uma proposta separada para o regime de capitalização. "Não está claro como seria o fatiamento, mas, se for um fatiamento com uma proposta para o regime de capitalização separada da reforma do INSS e para os funcionários públicos, não vejo problema algum", disse.

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