Muitos estrangeiros fizeram do Espírito Santo sua nova casa, abrindo negócios ou assumindo cargos importantes em empresas locais. Na mistura de trabalhadores que compõe os habitantes do Estado tem representantes de todos os continentes do planeta.
Há 30 anos, Fayez Âzar veio junto com a família da Ásia para morar no Brasil. Na época, ainda com 22 anos, o empresário nascido em Damasco, capital da Síria, chegou a São Paulo em busca de trabalho. Lá, atuou como vendedor de rua e trabalhou em supermercado.
Depois de alguns anos, eu e um irmão meu compramos uma casa de comida árabe. Eu ficava vendo as pessoas cozinharem e anotava as receitas. Quando os cozinheiros pararam de trabalhar conosco, assumi a cozinha. Eu fazia as massas e o meu irmão ficava no balcão atendendo, lembra.
Dez anos depois de chegar em São Paulo, decidiu que queria mudar de vida. Foi então que um vizinho sugeriu que ele viesse para o Espírito Santo. Eu cheguei no Estado para passear e conheci meu futuro sogro. Um amigo meu sugeriu que eu abrisse um restaurante de culinária árabe em Vitória, pois, na época, aqui não tinha esse tipo cozinha, conta o proprietário do Empório Árabe.
O sogro de Âzar gostou da ideia e ofereceu a ele a garagem embaixo de sua casa para abrir o restaurante. A beleza do Estado, com suas praias e montanhas, além do povo que é muito receptivo, me conquistaram. Mas, além disso, principalmente, a minha esposa que conheci aqui, brinca.
OPORTUNIDADES
Fausto Lucignani, 60 anos, deixou o verde, vermelho e branco da Itália pelo verde, amarelo, azul e branco do Brasil. O empresário nasceu em Garfanhana e chegou ao país em 2001 para trabalhar com indústrias de pneus.
Em 2013, surgiram duas oportunidades: ir para a Índia ou ficar no Espírito Santo. Decidi por ficar no Estado e montei um restaurante tipicamente italiano onde sirvo massa fresca com as receitas da nona, comenta.
Para ele, o Estado tem um diferencial inestimável: dá condições para que as pessoas mudem de vida. Aqui é um dos poucos lugares do mundo onde tem muita oportunidade de crescimento, revela.
Também há quem tenha aproveitado as oportunidades do momento, como o engenheiro elétrico Menno Faber, 33 anos, que trocou o frio da Holanda pelo calor capixaba. Há quase dez anos, durante a faculdade, Menno veio como intercambista para estudar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Desde então, ele se apaixonou pelo Estado.
Quando cheguei aqui tinha 24 anos. Fiz muitos amigos e decidi permanecer no Estado. Há cinco anos, trabalho em uma pequena empresa que desenvolve produtos de eletrônica em Vitória, conta.
Segundo ele, no começo foi um pouco difícil para conseguir emprego. Na época, eu ainda não tinha conhecidos na minha área de atuação, mas alguns amigos foram me ajudando, me indicando para as vagas que surgiram, lembra.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta