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Fórum Econômico Mundial: Disputas geopolíticas são principal risco

Fórum Econômico Mundial: Disputas geopolíticas são principal risco

Segundo o relatório, o multilateralismo está em risco, com líderes políticos priorizando o discurso nacionalista

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 19:53

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Disputas geopolíticas são principal risco para 2019, diz relatório do Fórum Econômico Mundial. (Pexels)

Disputas econômicas e políticas entre países e mudanças em regras de acordos comerciais são citadas como os principais riscos globais para 2019, em relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial nesta quarta-feira (16).

Não à toa, investidores seguem preocupados com o andamento de um acordo que possa colocar fim à guerra comercial travada entre Estados Unidos e China há quase um ano, ao mesmo tempo em que o Reino Unido luta para chegar uma solução para o Brexit -a saída da União Europeia.

Segundo o relatório, o multilateralismo está em risco, com líderes políticos priorizando o discurso nacionalista. "O multilateralismo pode ser enfraquecido de inúmeras maneiras. Estados podem se retirar de acordos e instituições, eles podem intervir para evitar consensos e podem criar regras seletivas para futuras normas e regras", escreveu o órgão.

Sobre a deterioração das relações comerciais, o documento lembra como a disputa entre Estados Unidos e China se deteriorou rapidamente ao longo de 2018 e destacou como a piora na tensão entre os dois países levou a revisões para o PIB global.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu em outubro do ano passado a projeção de crescimento do Estados Unidos de 2,9%, em 2018, para 2,4% em 2019. Já a economia chinesa deve perder força de 6,6% para 6,2%.

"Qualquer desaceleração global irá adicionar turbulência para países em desenvolvimento, que já estão enfrentando altas em taxas de juros e, em alguns casos, estresses na política doméstica", destaca o documento.

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O relatório destacou ainda riscos para o investimento direto estrangeiro nos países, com barreiras à compra de empresas na Europa e nos Estados Unidos, especialmente por parte de grupos chineses.

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