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Tomate e cebola fazem preço da refeição em casa disparar

Tomate e cebola fazem preço da refeição em casa disparar

Alimentos subiram acima da inflação acumulada na Grande Vitória do último ano

Publicado em 19 de janeiro de 2019 às 02:12

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Está ficando cada dia mais caro comer até na própria casa. Nos últimos 12 meses, o custo mensal dos produtos que compõem a refeição básica no domicílio para um adulto, na Região Metropolitana da Grande Vitória, aumentou em até 15,25%, enquanto a inflação geral no mesmo período foi de 4,19%.

As condições climáticas desfavoráveis nas regiões produtoras de cereais, leguminosas e oleaginosas junto ao aquecimento da demanda são as principais causas dessa elevação de preços nos supermercados e feiras.

A empresária Melissa Guimarães, 42 anos, comenta que a cada dia que passa os preços ficam mais altos. “Voltei para o Brasil há um ano e sempre que vou comprar algo tomo um susto. Os preços estão um absurdo de tão altos”, relata.

Os dados fazem parte da pesquisa do Núcleo de Extensão e da Empresa Júnior do curso de Administração da Faculdade Doctum de Vitória, que coletou os preços de oito itens, em 20 supermercados, em dezembro de 2018.

No comparativo entre dezembro de 2018 e dezembro de 2017, todos os alimentos tiveram alta. O tomate foi o que teve a maior inflação, uma alta média de 109,2% no período analisado. Além dele, cebola branca (47,5%), batata-inglesa (29,2%), arroz (20,8%), peito de frango (5,8%) e óleo de soja (4,9%) tiveram altas acima da inflação. Já alcatra bovina (3%) e feijão-preto (1,7%) subiram em um índice menor do que a inflação.

Com base nesses produtos, o preço médio para quem escolhe a opção frango como a principal do seu cardápio precisa desembolsar 12,36% a mais do que em 2017. Naquele ano, para comprar o equivalente a 30 dias (3 kg de arroz, 4,5 kg de feijão-preto, 8 kg de peito de frango, 8 kg de batata-inglesa, 2,5 kg de cebola e 900 ml de óleo de soja) era preciso pagar R$ 123,06. Em 2018, o valor passou para R$ 138,26.

Já a opção boi (3 kg de arroz, 4,5 kg de feijão-preto, 6 kg de alcatra bovina, 8 kg de tomate, 2,5 kg de cebola e 900 ml de óleo de soja) aumentou 15,25%. A refeição para 30 dias, em 2017, custava R$ 244,93 e, em 2018, subiu para R$ 282,27.

MOMENTO

De acordo com o coordenação de Extensão da Doctum Vitória, Paulo Cezar Ribeiro Silva, o consumidor deve procurar sempre pelo menor preço, assim a economia será maior.

“No caso das famílias mais simples, a alimentação consome cerca de 40% da renda familiar. Com a alta dos preços, o orçamento doméstico dessas famílias mais humildes fica ainda mais comprometido, já que cada vez mais o dinheiro é destinado à alimentação”, explica.

A vendedora Letícia Ferreira Amorim, 30, conta que tem a sensação de que os preços não baixam. “Quando vejo que os legumes e frutas estão muito caros nos supermercados procuro comprar na feira”, diz.

Ainda segundo o Paulo Cezar, outras dicas para economizar são fazer pesquisa de preços, optar por itens da estação e comprar marcas mais baratas.

ALMOÇO EM CASA

Está caro

Os itens da refeição básica no domicílio para um adulto na opção boi subiu 15,25% no comparativo entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018.

Opção

Já os itens da refeição básica no domicílio para um adulto na opção frango subiu 12,36%.

Inflação

A inflação acumulada registrada de dezembro de 2017 a dezembro de 2018 foi de 4,19% na Grande Vitória.

Cesta básica

A cesta básica da classe média capixaba subiu 13,60% entre dezembro de 2017 e dezembro de 2018.

Em alta

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Tomate (109,2%), cebola branca (47,5%), batata-inglesa (29,2%), arroz (20,8%), peito de frango (5,8%), óleo de soja (4,9%), alcatra bovina (3%) e feijão-preto (1,7%) foram os produtos que subiram de preço no último ano.

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