> >
Bancada capixaba aguarda versão final do texto da Previdência

Bancada capixaba aguarda versão final do texto da Previdência

Deputados federais e senadores que representam o Espírito Santo em Brasília ainda estão receosos em avaliar a proposta ou mesmo definir voto

Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 12:34

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Eleição no Congresso Nacional . (Dida Sampaio)

Diante da possibilidade de mudanças por parte do governo de Jair Bolsonaro em pontos delicados da minuta preliminar da reforma da Previdência, deputados federais e senadores que representam o Espírito Santo em Brasília ainda estão receosos em avaliar a proposta ou mesmo definir voto. A avaliação da bancada é a de que é preciso esperar o tema ser mais discutido e que o projeto seja oficialmente encaminhado ao Congresso.

Para o deputado Felipe Rigoni, não é possível avaliar algo que não é oficial. Mas, segundo o parlamentar, a reforma é algo essencial. “É um sacrifício que temos que fazer pela sustentabilidade como um todo. Tem que ser amplo, de uma só vez e que atinja a todos. Isentar uma classe específica é um absurdo. E quem tem mais privilégios hoje que se sacrifique mais”, diz ao acrescentar que, além da idade mínima, é necessário ainda igualar o setor público e privado. “Também precisamos mudar o regime de previdência para o de capitalização. Com uma regra transição bem calculada para não quebrar o país. Será uma manobra complicada, que deve ser feita”.

O deputado Helder Salomão ressalta que apesar de não haver certeza que a reforma final será a noticiada até agora, tudo indica que o governo deve seguir nesse caminho. “Se for essa ou algo parecido, não terá o nosso apoio porque, em alguns pontos, é pior que a do (Michel) Temer, que já era muito ruim. Espero que alguns pontos sejam alterados, como tratar homens e mulheres da mesma maneira, e que não sejam feridos direitos dos que recebem menos”.

De acordo com o senador Fabiano Contarato, também é importante aguardar o texto final do Planalto. Ele afirma que a Previdência deve ser debatida levando em consideração não só a questão da idade mínima, mas também a definição de um tempo de transição e, principalmente, respeitando os direitos adquiridos.

Para a deputada Soraya Manato, “ainda é muito cedo” para falar em reforma. “Muitos pontos estão em análise, uns dizem que a idade não será essa (de 65 anos)”, afirma.

A previsão é que a proposta oficial seja enviada ainda neste mês ao Congresso, e só então, de acordo com o deputado Ted Conti, que uma análise mais detalhada será feita: “Quando (o projeto) chegar à Câmara Federal, faremos uma análise minuciosa, profunda e envolvendo juristas, especialistas e vários segmentos da sociedade”.

A deputada Lauriete frisa que algumas têm peculiaridades que devem ser levadas em considerações, mas “o tratamento diferenciado é uma linha tênue que precisa ser observada”.

Este vídeo pode te interessar

Para o deputado Evair de Melo, a reforma deve cortar privilégios ao mesmo tempo que mantém o direito dos mais pobres. Da Vitória e Norma Ayub também afirmam que vão aguardar a chegada do texto à Câmara para analisá-lo. O Gazeta Online não obteve retorno de Amaro Neto, Sérgio Vidigal, Marcos do Val e Rose de Freitas. 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais