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Capixabas pagaram R$ 138,9 milhões a mais nas contas de luz em 2018

Capixabas pagaram R$ 138,9 milhões a mais nas contas de luz em 2018

Extra diz respeito a cobranças por bandeiras tarifárias devido à falta de chuvas

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 20:02

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(GZ)

Os consumidores do Espírito Santo pagaram R$ 138,9 milhões a mais nas contas de luz em 2018 por causa da cobrança das chamadas bandeiras tarifárias. Em todo Brasil, o extra arrecadado foi de R$ 6,9 bilhões. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo a agência, do total faturado com as bandeiras no Estado, R$ 128,7 milhões foram para os cofres da EDP Espírito Santo, que atende 1,5 milhão de consumidores em 70 municípios capixabas; e R$ 10,2 milhões para a Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSM), que abrange 110 mil clientes em 11 cidades do Estado.

Capixabas pagaram 138,9 milhões a mais nas contas de luz em 2018

No ano passado, durante os quatro primeiros meses, vigorou a bandeira verde, ou seja, não houve cobrança adicional para os consumidores. Entretanto, por conta de um longo período com falta de chuvas que provocou quedas no níveis dos reservatórios das hidrelétricas, a Aneel acionou a bandeira vermelha nível 2 - patamar mais caro -, por 5 meses. Com isso, de junho a outubro, houve cobrança de R$ 5 a cada 100 kWh consumidos.

Já nos meses de maio e novembro, ficou vigente bandeira amarela, que representa cobrança de R$ 1 a cada 100 kWh. Em dezembro também houve bandeira verde.

Entenda

As cores das modalidades – verde, amarela ou vermelha – indicam se haverá ou não acréscimo a ser repassado ao consumidor final. O objetivo das bandeiras tarifárias é sinalizar o custo real da geração de energia elétrica.

O volume mais baixo nos reservatórios aumenta a possibilidade de as usinas hidrelétricas não gerarem a quantidade de energia estabelecida nos contratos, o chamado “risco hidrológico”.

Para suprir a demanda, é necessário despachar usinas térmicas a óleo diesel. O custo dessa produção, no entanto, é mais cara do que a geração em hidrelétricas. Entenda as cobranças:

Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,010 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

Bandeira vermelha patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Bandeira vermelha patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,050 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Aneel propõe reajuste no valor das bandeiras tarifárias

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta quarta-feira (27) uma consulta pública sobre reajuste nos valores da bandeira tarifária amarela e da bandeira vermelha, nos patamares 1 e 2.

A Aneel afirmou que o reajuste servirá para adequar o valor do custo extra a ser cobrado dos consumidores em períodos em que a produção de energia ficar mais cara. Em períodos de seca, por exemplo, com a diminuição do volume das hidrelétricas, as termelétricas são acionadas e a energia fica mais cara.

Novos valores propostos (por 100 kWh):

Bandeira amarela: R$ 1,50

Bandeira vermelha 1: R$ 3,50

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Bandeira vermelha 2: R$ 6,00

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