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Doria: Mudanças para atender regiões não devem desfigurar reforma

Doria: Mudanças para atender regiões não devem desfigurar reforma

Lideranças do Nordeste querem que o governo volte atrás na proposta de elevar a idade de aposentadoria para pessoas de baixa renda e para trabalhadores rurais

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 19:45

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Mudanças para atender questões regionais não devem desfigurar reforma, diz Doria. (Reprodução)

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que mudanças na reforma da Previdência podem ser feitas para atender diferenças regionais, mas sem desfigurar texto original.

Lideranças do Nordeste querem que o governo volte atrás na proposta de elevar a idade de aposentadoria para pessoas de baixa renda e para trabalhadores rurais.

"Como governador de São Paulo eu apoio a reforma na sua estrutura, na forma como está sendo apresentada, embora reconheça que as diferenças regionais possam ser atendidas também, desde que elas não prejudiquem a estrutura fundamental da reforma da Previdência", disse Doria. "É justo, temos que olhar para os estados que têm condição econômica menos favorável e a reforma da Previdência deve levar isso em conta, tanto para a Previdência dos servidores quanto do setor privado".

Governadores apresentarão sugestões ao ministro Paulo Guedes (Economia). Eles deverão voltar a se reunir no fim de março para fechar alterações com o governo federal.

"Cada governador vai colocar suas questões, há diferenças regionais, as questões não são iguais. As questões do Sul e Sudeste não são iguais às do Norte e Nordeste", disse Doria.

Governadores estão sugerindo que o Executivo fatie a reforma, retirando temas que poderiam travar a discussão no Congresso, como as aposentadorias rurais e o BPC (benefício de prestação continuada) a idosos de baixa renda.

Doria disse que há questões que podem ser desmembradas e que serão encaminhadas a Guedes.

"O BPC é um tema que vai exigir nova análise", disse. "Travar [o debate] não trava. Eu não vi nada aqui que possa travar a discussão ou impedir o avanço da reforma. O sentimento dos governadores é que nenhuma ideologia, nenhum partidarismo cabe à reforma, mas sim os interesses regionais".

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Doria disse que ainda não avaliou o impacto da idade minima para policiais e bombeiros, para 55 anos, o que terá efeito para os estados.

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