Depois de três anos acumulando mais demissões do que contratações no mercado de trabalho, o Espírito Santo teve um saldo positivo na criação de empregos formais em 2018. De acordo com dados da Superintendência Regional do Trabalho, aconteceram 17.455 contratações a mais do que a quantidade de demissões ao longo dos 12 meses do ano passado.
Durante o período em que a crise financeira do país estavam mais severa, entre 2015 e 2017, o Espírito Santo teve mais desligamentos do que contratações, com um acumulado de aproximadamente 83 mil vagas de trabalho fechadas. O pior ano foi o de 2015, quando quase 45 mil postos de trabalho foram fechados. Apesar da recuperação recente, os últimos quatro anos acumularam cerca de 66 mil postos de trabalhos fechados.
O superintendente regional do trabalho, Alcimar Candeias, destacou a importância dos setores de serviços e construção civil para a recuperação no crescimento de empregos formais.
"Em 2018, no setor de serviços, nós tivemos 122 mil admissões, contra 113 mil demissões. Ganhamos quase nove mil postos de trabalho no estado. Em termos percentuais, o nosso maior ganho foi na construção civil. A construção civil admitiu 33.700 trabalhadores em 2018 e demitiu 30.696. Tivemos um ganho de mais de três mil postos de trabalho na construção civil", avaliou Candeias.
INFORMALIDADE ALTA NO ESTADO
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, apontou que o Espírito Santo tem 242 mil desempregados, o que representa 11,2% da população capixaba em condições de trabalhar. A baixa oferta de vagas formais faz com que muitos capixabas realizem trabalhos informais para obter renda.
Ao final do terceiro trimestre do ano passado, no mês de setembro, números do IBGE apontavam que o Espírito Santo tinha cerca de 725 mil trabalhadores no mercado informal. Cerca de 244 mil desses trabalhadores sem carteira assinada atuam no setor privado e os demais atuam por conta própria, como os vendedores ambulantes.
A coordenadora de Divulgação do IBGE no estado, Renata Coutinho Nunes, destacou alguns dos problemas recorrentes para os trabalhadores que atuam na informalidade.
"Seria a falta dos direitos trabalhistas da Carteira de Trabalho e um rendimento médio (de salário) mais baixo que os demais trabalhadores", destacou a representante do IBGE.
Os números atualizados da pesquisa do IBGE, com dados dos meses de outubro, novembro e dezembro serão divulgados no dia 22 de fevereiro.
SALDO DO NÚMERO DE VAGAS DE EMPREGO
2015: - 44.971 vagas
2016: - 37.966 vagas
2017: - 2.053 vagas
2018: 17.455 vagas
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