Surpreendente, justa e necessária. Esses foram os adjetivos utilizados pelos representantes dos setores produtivos para definir a proposta da reforma da Previdência anunciada nesta quarta-feira (20).
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Léo de Castro, a proposta mitiga desigualdades geradas pelo sistema atual. O modelo que existe hoje acaba favorecendo as classes mais ricas e as corporações. O texto novo busca tratar todos de forma igual, avalia.
Segundo ele, a instituição de uma idade mínima para a aposentadoria alinha o Brasil com modelos utilizados em outros países do mundo. Vai beneficiar a população que sofre com um país que não cresce e não gera oportunidade.
O conselheiro da entidade empresarial ES em Ação Orlando Caliman, ressalta que a reforma é essencial para o equilíbrio das contas públicas, não só da União, mas também dos Estados e municípios. Muitos estão sufocados pelo peso dos inativos nas suas respectivas receitas. O Espírito Santo hoje já tem mais pessoas no bloco dos inativos do que nos ativos.
Se aprovada na Câmara até o meio do ano, como preveem os deputados, Caliman afirma que o país já verá uma reação imediata do setor econômico. Caso já passe na Câmara até o meio do ano, o mercado já vai reagir positivamente. Vejo a Câmara como a instância mais complicada, afirma.
O presidente da Findes espera que, após passar pela discussão na Câmara, a reforma ainda guarde sua essência. Temos que preservar os pontos fundamentais. Esperamos que saia o mais próximo possível da proposta original. Não adianta reforma retalhada, diz.
O presidente da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio), José Lino Sepulcri, salientou que a reforma é uma demonstração de que o Brasil está entrando em novos tempos. A Previdência está passando por uma das maiores crises das últimas décadas. A reforma é justíssima. Não adianta nada ter direito a uma aposentadoria gorda se o governo não terá dinheiro para pagar, pondera.
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