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Reforma da Previdência: especialistas do ES aprovam correção de distorções

Reforma da Previdência: especialistas do ES aprovam correção de distorções

Entre os pontos considerados acertados na proposta de reforma está uma maior equiparação entre os benefícios dos trabalhadores dos setores público e privado

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 12:30

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INSS: idade para se aposentar aumentará de acordo com a expectativa de vida. (Arquivo)

A proposta de reforma da Previdência apresentada na quarta-feira (20) pelo governo federal ao Congresso Nacional é considerada positiva por especialistas ouvidos pelo Gazeta Online. Entre os pontos considerados acertados está uma maior equiparação entre os benefícios dos trabalhadores dos setores público e privado. 

O texto, que entre outros tópicos prevê idade mínima para se aposentar de 65 anos para homens e 62 para mulheres,  será analisado pelos congressistas e pode passar por alterações antes da aprovação. Confira a análise de economistas.

CORREÇÃO DE DISTORÇÕES

Eduardo Araújo*

Houve um avanço no sentido de tentar embalar um pouco os benefícios dos servidores do regime privado com o do regime público. Nesse sentido, a proposta foi positiva para tentar aliviar um pouco essas distorções.

No entanto há pontos que precisam ser discutidos, como o que reduz o benefício de prestação continuada à idosos em situação de pobreza.

A reforma é realmente necessária, e precisamos certamente corrigir o déficit da Previdência, mas precisamos avaliar muito bem quando pensamos em categorias da sociedade que são mais sensíveis. O texto deve sofrer ainda muitos ajustes até a votação, mas existe uma argumentação muito forte para que seja aprovada.

* O autor é economista

PENSANDO NO FUTURO

Fernando Galdi*

É uma proposta de reforma interessante, que precisa ser feita. É dura para todos os trabalhadores e onde todos os grupos terão que contribuir. Os que terão que abrir mão de mais benefícios são aqueles que estão no topo da renda. Vai haver muita discussão e essa proposta certamente sofrerá algumas alterações.

Eu espero que as mudanças não sejam feitas para atender determinados grupos em detrimento de outros. Espero que nossos parlamentares, se alterarem o texto, estejam pensando no futuro do Brasil e não no futuro de um grupo ou corporação específica que esteja fazendo pressão. Seria muito ruim se o texto perdesse sua essência e não gerasse o impacto esperado que é reversão do déficit da Previdência.

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* O autor é professor da Fucape

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