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Setor de serviços tem quatro anos seguidos de queda, diz IBGE

Setor de serviços tem quatro anos seguidos de queda, diz IBGE

Em 2018, recuo foi de 0,1%; desde 2015, o segmento acumula perdas de 11,1%

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 14:33

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Em 2018, o IBGE registrou avanço no volume de receitas de transporte rodoviário de carga. (Bernardo Coutinho)

O volume de serviços prestados em 2018 teve recuo de 0,1% em relação ao ano anterior, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgados nesta quinta-feira (14), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com esse resultado, já são quatro anos consecutivos de taxas negativas no segmento, que acumula, no período, uma perda de 11,1%. Em 2017, o volume de serviços prestados encolheu 2,8%; em 2016, a queda foi 5% e, em 2015, de 3,6%. O último avanço ocorreu em 2014, quando os serviços cresceram 2,5%.

Em dezembro do ano passado, o setor cresceu 0,2% em dezembro ante novembro na série com ajuste sazonal. No mês anterior, o resultado foi de estabilidade (0,0%). Na comparação com dezembro do ano anterior, houve queda de 0,2% em dezembro de 2018, já descontado o efeito da inflação.

O resultado de dezembro ante o mês anterior ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam desde uma queda de 0,60% a um avanço de 0,90%, com mediana negativa de 0,10%. Para o resultado fechado de 2018, as projeções variavam desde uma queda de 0,40% a uma alta de 0,10%, com mediana negativa de 0,10%, como se confirmou.

Desde outubro de 2015, o IBGE divulga índices de volume na Pesquisa Mensal de Serviços. Antes, o órgão anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal subiu 0,8% em dezembro ante novembro. Na comparação com dezembro de 2017, houve aumento na receita nominal de 3,1%.

Em 2018, o IBGE registrou queda em 58,4% dos 166 tipos de serviços investigados na pesquisa. Os serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,9%) representaram o principal impacto negativo sobre o índice, pressionado pela retração na receita dos segmentos de atividades de cobranças e informações cadastrais, de soluções de pagamentos eletrônicos, de serviços de engenharia e de vigilância e segurança privada. Serviços de informação e comunicação também tiveram retradação, de 0,5%, com a menor receita recebida pelas empresas de telecomunicações.

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As contribuições positivas vieram dos segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,2%), de outros serviços (1,9%) e de serviços prestados às famílias (0,2%) - houve avanço no volume de receitas de transporte rodoviário de carga, de gestão de portos e terminais, de transporte aéreo de passageiros e de operação de aeroportos, no primeiro setor; de atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias e administração de bolsas e mercados de balcão organizados, no segundo; e de hotéis, no último.

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