Para as entidades de classe do Estado, o projeto da nova Previdência apresentado penaliza os trabalhadores, principalmente as mulheres e aqueles que atuam no meio rural. Dirigentes de centrais sindicais afirmam ainda que os principais beneficiados da reforma serão os bancos, com o futuro modelo de capitalização.
É um absurdo a população pagar o pato enquanto quem é favorecido são os bancários que farão previdências privadas, afirma Alexandro Martins Costa, presidente Força Sindical-ES.
Ele critica a regra que prevê que trabalhadores que ganhem acima de um salário mínimo tenham que trabalhar 40 anos para se aposentar com 100% do benefício. Muitos trabalhadores do comércio ganham um pouco a mais do que um salário e entrarão nessa regra. É muito triste. Se mal há empregos para jovens, imagina para os mais velhos?, questiona.
Para o presidente da CUT-ES, Jasseir Fernandes, a reforma ataca o problema do déficit da Previdência de forma equivocada. Deveria focar em sonegação, deveria olhar para as isenções que são dadas. Da forma como está só vai privilegiar os bancos. Para ele, os principais prejudicados como a reforma foram as mulheres que têm jornada tripla de trabalho e é o grupo que mais terá aumento na idade mínima para aposentadoria. Se você perguntar ao conjunto da classe trabalhadora, quem apoiou ou não o governo, todo mundo é contra, disse.
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