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Criação de codornas no Espírito Santo triplica em dez anos

Criação de codornas no Espírito Santo triplica em dez anos

Estado é o 2º maior produtor de ovos da ave no país, atrás apenas de São Paulo

Publicado em 18 de março de 2019 às 00:30

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Produção de ovos de codorna é forte na cidade de Santa Maria de Jetibá. (Leone Iglesias)

A população de codornas no Espírito Santo triplicou na última década. O município de Santa Maria de Jetibá, que já é conhecido por ser o principal nome na produção de ovos de galinhas do Estado, também detém quase toda a criação e produção de ovos de codornas em solo capixaba.

A população dessas aves era de 867,33 mil em 2007, mas dez anos depois, em 2017 – último dado disponível – aumentou para 2,65 milhões. Desse total, 98% está concentrado no município de Santa Maria de Jetibá, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para se ter uma ideia da dimensão que tem a criação dessas aves, que mal chegam a 15 centímetros de altura, no município, há aproximadamente 130 codornas para cada um dos 20.770 habitantes.

Atualmente o Estado é responsável por mais de 20% da criação de codornas do país, sendo o segundo maior produtor brasileiro, perdendo apenas para São Paulo.

Segundo o secretário de Agricultura do Município, Egnaldo Andreatta, toda a criação de codornas é para a comercialização de ovos, que tem como principais mercados Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.

“Quando o produtor cria galinhas e codornas, ele acaba aproveitando a logística de distribuição e os contatos para ambos os produtos”, comenta.

O diretor-executivo da Associação dos Avicultores e de Suinocultores do Espírito Santo (Aves e Ases), Nélio Handi, conta que atualmente o Estado tem 18 grandes granjas de codornas. “Nós temos tanto o produtor que trabalha apenas com ovos de codorna, quanto aqueles que também têm produção de galinhas. Além disso, há ainda os que produzem conserva de ovos de codornas”, diz.

 

CRIAÇÃO

Há 23 anos, Marcos Antonio Berger, 49 anos, começou a montar uma granja de codornas no distrito de São Sebastião de Belém, em Santa Maria de Jetibá. Na época, ele comprou cerca de 300 aves, que chegaram por avião de São Paulo. Hoje, tem dez funcionários e trabalha com uma capacidade de até 350 mil aves para a produção de ovos.

“Eu comecei a vender aqui, na região de Santa Maria de Jetibá, e na Grande Vitória. Estava testando para ver como funcionava o mercado. Tive dificuldade com embalagens específicas para esses ovos porque antes só vendiam as embalagens adequadas em grandes quantidades e eu ainda não tinha uma grande produção. Mas, fui aprendendo o trato do animal e crescendo”, conta.

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Segundo o produtor, o manejo da codorna é mais difícil do que o da galinha, já que é uma animal que se estressa fácil e fica mais sensível quando tem muitas pessoas andando dentro dos galpões. Elas são criadas em gaiolas e a alimentação básica é milho e soja.

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