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Movimento de passageiros no Aeroporto de Vitória é o melhor desde 2015

Movimento de passageiros no Aeroporto de Vitória é o melhor desde 2015

Apesar da recuperação, números são semelhantes aos de 2011

Publicado em 15 de março de 2019 às 00:09

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Novo Aeroporto de Vitória. (Fernando Madeira)

 O sonho de voar começou a se tornar alcançável para a maioria das pessoas há poucos anos, com grande redução do preço dos bilhetes aéreos. Mas quando o brasileiro já estava se acostumando a andar de avião, a maior crise econômica do país revogou esse sonho. Após um período de ascensão dos anos 2000 até meados da década de 2010, o setor da aviação civil nacional começou a declinar, com muitos passageiros passando longe dos aeroportos.

Essa redução também se deu no Espírito Santo, que entre 2015 e 2017 viu cair em quase 15% a movimentação do Aeroporto de Vitória. Mas no ano passado esse cenário começou a melhorar e, após dois anos de queda, o terminal da Capital fechou 2018 com o melhor fluxo de passageiros desde 2015. Recuperação importante, mas ainda tímida.

Com a concessão do Eurico de Aguiar Salles para a iniciativa privada em leilão hoje na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, a expectativa é de ampliar ainda mais o atendimento.

Em 2018, ano em que Vitória ganhou seu novo e esperado complexo aeroportuário, o terminal movimentou 3,05 milhões de passageiros, resultado 4,8% melhor que os 2,91 milhões de 2017, mas que se comparado com os anos anteriores, é semelhante ao de 2011. Números que são equivalentes a situação nacional do setor.

O primeiro ponto que os especialistas apontam para essa ponta de recuperação é a própria melhora – ainda que pequena – das economias brasileira e capixaba. “Há uma resposta imediata na quantidade de viagens de negócio e turísticas quando ocorre melhoria na situação financeira de pessoas e de empresas”, analisa o economista Eduardo Araújo.

RESPOSTA

O setor segue uma lógica: quando se tem um movimento de recuperação econômica, o crescimento da aviação é o dobro do da economia, explica o presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. “Isso é uma reação natural diante da movimentação da economia. Além disso, tivemos nesse mesmo tempo o surgimento de milhões de passagens com preços mais acessíveis com a desregulamentação da bagagem, o que também ajudou”, diz.

Para além do cenário econômico, no caso específico do Aeroporto de Vitória há outros fatores que contribuíram. O mais notório e já citado é o terminal novo, que apesar de sozinho não elevar a movimentação, ajuda na atração de pessoas pelo fato de ser uma novidade.

ROTAS

“A inauguração do novo aeroporto por si só não traz efeitos no fluxo de passageiros para o Estado, se não for acompanhada de medidas para ampliação na quantidade de rotas. Houve avanços com inauguração de novos voos, mas ainda muito pequena em face da potencialidade da nova estrutura”, pondera Eduardo Araújo.

Já o presidente da Abear lembra da lei estadual que reduziu o ICMS do querosene de aviação, o que estimulou as companhias a criarem rotas e baixarem os preços dos bilhetes. “Isso já colocou novos voos e novas rotas diretas. Tiveram nacionais da Avianca e Latam para Vitória, um da Azul para Linhares em breve, e o internacional da Gol que só não saiu ainda por questões burocráticas”, afirma Sanovicz, que a partir dos atuais resultados, faz projeções mais otimistas para 2019:

“Vários Estados aderiram essa redução do ICMS, inclusive São Paulo, o que vai impactar 38% da aviação nacional e criar 490 voos para 21 Estados, incluindo o Espírito Santo. E caso se confirme um movimento melhor da economia, o crescimento da aviação deverá ser muito bom”, analisa.

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