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Para empresários, nova gestão do aeroporto atrairá investimentos

Para empresários, nova gestão do aeroporto atrairá investimentos

A maior expectativa dos empresários capixabas gira em torno da ampliação do número de vôos e da criação de vôos internacionais diretos, que beneficiarão diferentes setores, a começar pelo turismo.

Publicado em 15 de março de 2019 às 21:59

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Segundo a companhia aérea, a tripulação identificou uma "limitação técnica em um dos motores" e foi necessário fazer o pouso. (Reprodução/Estadão)

A notícia do arremate dos aeroportos de Vitória e de Macaé pela empresa suíça Zurich Airport foi recebida pelo empresariado capixaba com entusiasmo. Representantes de diferentes setores econômicos e industriais apostam na atração de novos investimentos e negócios para o Estado a partir da privatização.

A maior expectativa gira em torno da possibilidade de criação de novos voos, inclusive internacionais, saindo direto de Vitória. É o que aponta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo, Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona.

“É um benefício direto para o turismo, que é um negócio que sempre traz bons recursos. O Espírito Santo sempre ficou um pouco alijado disso por estar entre o Rio de Janeiro e a Bahia. Mas no Nordeste, a internacionalização dos aeroportos expandiu muito o turismo. Isso mexe com o comércio, com a área imobiliária e o setor produtivo”, pontua.

José Lino Sepulcri, que preside a Federação do Comércio (Fecomércio), defende que a privatização poderá explorar o potencial do novo aeroporto, despertando o otimismo dos empresários. Agora vamos ter um serviço mais confortável, ter novas frentes,e os investidores vão fazer com que o Estado tenha um novo processo de crescimento vendo o sucesso da aplicação dos seus ativos.

Para Wagner Chieppe, presidente da ES em Ação, a reputação da concessionária Zurich Airport, que já atua em outros aeroportos brasileiros, é um ponto a favor do Espírito Santo. Ele acredita que a própria área do aeroporto será melhor aproveitada, com a atração de novas atividades, especialmente de lojas, o que também aumentará o número de empregos. "Passar o aeroporto para a iniciativa privada foi ótimo, pois há possibilidade de maior desenvolvimento. Não há mais as amarras do setor público", comemorou. 

Léo de Castro, presidente da Federação das Indústrias do Estado (Findes), analisa que o aumento do número de vôos permitirá a atração de talentos de outras regiões e conectará o Espírito Santo economicamente. “Vai aumentar a competitividade dos nossos produtos, como por exemplo o agronegócio capixaba, que exporta pescados e frutas. Vamos ainda aumentar a conexão de pessoas e o surgimento de rotas comerciais com cargas aéreas sendo transportado de forma mais intensa”, explica ele.

À frente do SindiRochas, Tales Machado avalia que os vôos internacionais beneficiarão também o turismo de negócios para além do turismo de lazer. Quanto ao setor de rochas especificamente, ele acredita que a possibilidade de criação de vôos de transporte de carga poderão baratear o transporte de equipamentos. “Essa expectativa coloca o Estado em um outro patamar”, destacou.

Marcílio Rodrigues Machado, presidente do Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado (Sindiex) afirma que a administração privada terá mais condições de atrair investidores no setor de logística e atenderá melhor ao comércio tanto na exportação quanto na importação de produtos.

“As demandas e exigências de atender os clientes são muito maiores. Isso pode vir a aumentar o fluxo do comércio exterior para um Estado como o nosso. Agora nós temos o Aeroporto novo, este é um bom momento. Novos agentes de carga estão pensando em vir para o Espírito Santo, aumentar o número de aviões. Pode ser que consigamos atrair novos clientes e parceiros”, vislumbra Marcílio.

 

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