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Área no Porto de Vitória vai a leilão por R$ 1

Área no Porto de Vitória vai a leilão por R$ 1

Local será utilizado para a construção do Terminal de Granéis Líquidos

Publicado em 19 de março de 2019 às 20:59

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Área do Cais de Capuaba, no complexo do Porto de Vitória. (Divulgação | Codesa)

Uma área de 74.156 metros quadrados (m²), pertencente ao Porto de Vitória, será leiloada com lance a partir de apenas R$ 1,00. O local, situado no Cais de Capuaba, vai ser utilizado para a construção do Terminal de Granéis Líquidos, que vai movimentar produtos como diesel, gasolina, álcool e biodiesel. O leilão acontece nesta sexta-feira, às 10 horas, na B3 (antiga Bovespa), em São Paulo.

De acordo com o governo federal, o valor de R$ 1,00 como lance mínimo se justifica pela intenção de promover investimentos, melhorar a prestação dos serviços dos portos e obter a redução dos custos logísticos. Além disso, a empresa vencedora também deverá construir todo o maquinário e infraestrutura necessária para a movimentação de líquidos, segundo informou a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Área no Porto Vitória será leiloada por um Real

A expectativa é de que a empresa vencedora do leilão invista cerca de R$ 120 milhões antes de iniciar a movimentação de líquidos no terminal. Além do valor a ser investido, a empresa deverá pagar um aluguel fixo no valor de R$ 53.933,54 e um valor variável de R$ 4,05 por cada tonelada movimentada. De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Docas do Espí­rito Santo (Codesa), o terminal vai aumentar em aproximadamente 700.000 toneladas por ano a movimentação de cargas no Porto de Vitória.

A concessão será válida por 25 anos. Segundo consta no edital, os quatro primeiros anos devem ser utilizados para a empresa fazer as adequações necessárias para o início da operação. Somente no quinto ano é que o contrato exige uma movimentação mínima de 113.120 toneladas.

A capacidade de armazenagem estática (tancagem) será de 60.000 metros cúbicos (m³). A previsão é de que as obras comecem em 2020 e que sejam gerados 450 empregos diretos e indiretos durante a implantação, além de 300 vagas diretas e indiretas no início das operações. O novo presidente da Codesa, Júlio Castiglioni, vai acompanhar o leilão na sede da B3, em São Paulo.

INFRAESTRUTURA

De acordo com a professora Andreia Coutinho, coordenadora do curso de Gestão Portuária da UVV, o valor simbólico para o início do leilão se dá pelo fato de a empresa vencedora ficar responsável pela construção de toda a infraestrutura do local. “Eles vão ter que fazer todos os licenciamentos ambientais, discussões com a comunidade no entorno e construção dos equipamentos necessários. Não podemos comparar, por exemplo, com o leilão do aeroporto de Vitória, que já estava com a estrutura toda montada”, comentou a professora.

“Esse terminal tende a ser muito importante, é um benéfico para a economia e aumenta a segurança do abastecimento de combustível no Estado. O problema é a segurança da população e os impactos ambientais, tendo em vista que a área é cercada pelo Morro do Atalaia, Paul e Ilha das Flores, em Vila Velha", pondera. 

Ainda assim, segundo ela, cinco empresas foram visitar a área para avaliar a possibilidade de participar do leilão. “Das cinco empresas, o mercado acredita que duas irão disputar o arrendamento do terreno”, completou.

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Além do terminal de Vitória, vão ser leiloados outros três terminais – todos no Porto de Cabedelo, na Paraíba. Ao menos três grupos já teriam passado pela B3 para apresentar as propostas iniciais. No entanto, não é possível saber se alguma delas é para o terminal do Porto de Vitória. Assim como aconteceu no leilão do aeroporto de Vitória, na semana passada, após as propostas iniciais vão ser feitos lances “viva voz” com competição entre as empresas habilitadas.

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