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Blinde sua vida para não cair em golpes

Blinde sua vida para não cair em golpes

Ferramentas evitam que informações parem em mãos erradas

Publicado em 28 de abril de 2019 às 23:58

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Blinde a sua vida para não cair em golpes. (Pixabay)

Os riscos para quem cai em golpes virtuais são diversos: além do “comum” comprar e não receber, os usuários também podem ter números de documentos roubados, telefones clonados e uma série de outros prejuízos.

“Quando um bandido tem acesso aos dados de uma pessoa, ele pode fazer tudo. Criar cadastros falsos, abrir conta em banco, fazer compras e cometer vários crimes em nome de quem teve os dados roubados”, comenta o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, Brenno Andrade.

Mas existem algumas táticas para se defender. É o próprio delegado quem fala sobre elas. “A primeira barreira é o próprio usuário. É preciso tomar cuidado com os sites que são acessados, aplicativos que são instalados, e-mails que são abertos. Também existem os antivírus e aplicativos que ajudam a manter a segurança de smartphones e computadores”, diz o delegado.

“O que não pode é achar que o antivírus vai fazer tudo sozinho. Não adianta nada instalar vários aplicativos de segurança e não tomar cuidado ao utilizar a internet”, alerta Brenno.

Uma nova forma para se defender dos “vilões virtuais” é o Serasa Antifraude – um serviço de monitoramento de e-mail e CPF que avisa ao cliente toda vez que há uma operação ou consulta às informações do usuário.

“Nosso monitoramento é feito até na ‘dark web’, a parte mais profunda da internet, onde dados de usuários são negociados. É como se fosse o fundo do grande iceberg que é a internet”, explica o gerente do Serasa Antifraude, Filipe Bella.

“Nós tivemos o caso em que uma consumidora teve um documento furtado. Nós identificamos a tentativa de compra de um carro no CPF dela, enviamos uma mensagem avisando e ela conseguiu evitar que a compra fosse concluída. Certamente os bandidos não iriam pagar pelo veículo e ela levaria tempo para provar que não foi ela quem comprou o automóvel”, conta Filipe.

O dispositivo do Serasa Antifraude não é gratuito, mas o delegado Brenno cita outras opções de segurança que não geram nenhum custo ao usuário.

“Algo que não tem custo nenhum é a verificação em duas etapas do WhatsApp. Nas configurações você consegue colocar uma senha que é pedida quando você troca de aparelho. Isso evita, por exemplo, que seu WhatsApp seja clonado com facilidade – crime que tem acontecido com grande frequência ultimamente”, explica o delegado.

DADOS

O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos reconhece que, atualmente, é muito difícil garantir que os dados de uma pessoa não estejam na internet.

“Nem mesmo uma pessoa que não faça parte de nenhuma rede social, nem tenha e-mail, está completamente segura. Isso porque é possível que uma loja física na qual ela tenha um cadastro pode ter vendido as informações dessa pessoa”, destaca.

“O que pode ser feito é evitar que esses dados cheguem nas mãos de pessoas mal-intencionadas. É muito mais fácil para o bandido lhe convencer a repassar seus dados a ele do que ele sair comprando informações aleatórias na ‘dark web’”, explica Brenno.

“Eu mesmo já encontrei informações minhas na internet. Por isso, é preciso ter cuidado com links com vagas de emprego, ofertas de lojas e com as informações que você coloca ao responder pesquisas. É preciso pensar: Quais são os dados pedidos? Essas informações podem me comprometer futuramente? Só então deve-se prosseguir”, conclui Brenno.

19% TIVERAM INFORMAÇÕES VAZADAS

Uma pesquisa feita pela Kaspersky Lab, empresa de cibersegurança, apontou que 19% dos usuários brasileiros já tiveram informações – suas ou de seus familiares – vazadas na internet. A mesma pesquisa aponta que 35% dos usuários de internet no Brasil não sabem como proteger a privacidade on-line. Ainda assim, quase 10% dos usuários dizem não proteger seus dados.

“O aumento das violações de dados, associado com a dificuldade de gerenciar dados pessoais on-line, dão aos consumidores a sensação de perda de controle e produzem um cansaço de ter de pensar na privacidade digital”, avalia Marina Titova, chefe de Marketing de Produtos ao Consumidor da empresa.

“Embora não haja milagres, existem muitas maneiras de reduzir esse risco. Elas começam com a higiene digital básica, mas também englobam o uso de ferramentas e tecnologias avançadas para ajudar a colocar a privacidade digital em ordem”, completa.

COMO SE DEFENDER

Cuidado do usuário

De acordo com o delegado Brenno Andrade, da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, a primeira barreira é o usuário. O cuidado e a atenção são imprescindíveis para a segurança das informações.

Antivírus

Uma ajuda que os usuários têm para manter a segurança das informações são os antivírus – que podem ser instalados tanto nos computadores quanto nos celulares. Entre os indicados estão o DFNDR, Kaspersky e Avast.

APP Lock

Uma alternativa de segurança é bloquear algumas informações do celular. Com o App Lock, o usuário consegue definir quais funções precisa e quais não precisa, além de ter uma senha adicional para ter acesso aos dados.

Antifraude

O aplicativo Serasa Antifraude monitora o CPF do cliente. Segundo os responsáveis pelo app, é feito o monitoramento na internet para saber se o CPF está sendo utilizado para fazer compras sem a autorização do titular.

Vazamento de senhas

Diversas empresas que atuam na internet – entra elas o Facebook – já confirmaram o vazamento de e-mails e senhas. Para saber se foi vítima, basta acessar o site www.haveibeenpwned.com. Ao colocar seu e-mail, você vai saber se já teve a senha vazada.

Segurança do código

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Especialistas sugerem que as senhas sejam trocadas a cada 90 dias e que seja usada uma senha diferente para cada site ou conta de e-mail utilizado.

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