> >
Mutirão para pagamento de planos econômicos faz mais de 50 acordos

Mutirão para pagamento de planos econômicos faz mais de 50 acordos

Mais de 800 pessoas foram convocadas para participar do evento que vai acontecer até sexta-feira

Publicado em 23 de abril de 2019 às 21:06

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
(Marcello Casal Jr | Agência Brasil)

O mutirão para agilizar o pagamento de poupadores que tiveram prejuízo com os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989) e Collor 2 (1991) já fez 53 acordos. O mutirão vai continuar sendo realizado até sexta-feira, dia 26. No total, 839 processos no Espírito Santo foram selecionados para participar do evento que faz parte da Semana da Poupança.

De acordo com o juiz Júlio César Babilon, da 11ª Vara Cível de Vitória, que está fazendo parte do mutirão, o resultado tem sido muito positivo. “Foram apenas 15 sessões sem acordo, o que nos deixa com um percentual muito grande de acordos firmados. Ainda assim, esperamos um maior comparecimento e maior número de acordos nos últimos dias do mutirão”, comenta.

“É importante destacar que os poupadores que não foram convocados, ou mesmo os que foram convocados e não efetivaram o acordo, não perdem seus direitos. Os casos continuarão sendo analisados pelo judiciário assim que o STF decida pela continuidade dos processos – no momento os julgamentos estão suspensos pelo Supremo”, explicou o juiz lembrando que a maior parte dos interessados nesses processos são pessoas acima dos 60 anos de idade.

As demais pessoas que têm processos por conta dos planos econômicos e não foram convocadas para o mutirão devem entrar em contato com seus advogados, sugere o juiz. “Orientamos que os interessados façam contato com os advogados e os advogados acione a Justiça para, isoladamente, marcar uma audiência”, sugere. Além disso, um novo mutirão está sendo negociado com as instituições financeiras participantes do mutirão – Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES), o objetivo do mutirão é solucionar, de forma consensual, os processos relativos a expurgos inflacionários nas contas de poupança que tramitam nas Comarcas de Aracruz, Cariacica, Fundão, Guarapari, Iconha, Itapemirim, Serra, Vila Velha, Vitória, Fundão, Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana e Afonso Cláudio.

Nele estão sendo apresentados os cálculos advindos do acordo coletivo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), firmado com instituições financeiras. A ideia é oferecer aos cidadãos a possibilidade de adesão voluntária.

O advogado Rafael Vasconcelos, especialista em Direito Previdenciário, é um dos que fez acordos no mutirão. “O mutirão é uma ótima forma de resolver conflitos, desde que realizados de forma bem programada. Me parece que é necessária uma maior transparência dos bancos para com os advogados, para que a gente possa saber, com antecedência, a proposta que vai ser feita”, comentou.

Os poupadores que podem fazer parte do mutirão foram informados por meio de carta enviada pelas instituições bancárias. “Não foi disponibilizado nenhum site para a consulta de quem foi selecionado. Por isso que é importante que a pessoa sempre mantenha os dados cadastrais atualizados. Quem recebeu a carta deve entrar em contato com o advogado para ter mais informações”, lembra o advogado.

Este vídeo pode te interessar

A maior parte dos processos tem valores que variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil. No entanto, segundo Vasconcelos, há casos em que o valor a ser recebido chega a R$ 1 milhão. “Depois da assinatura do acordo o pagamento é feito em cerca de 15 dias úteis, mas existem casos em que o pagamento é parcelado em 5 vezes – uma avista e 4 semestrais”, diz o advogado.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais