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364 mil procuram emprego no ES, 101 mil há mais de um ano

364 mil procuram emprego no ES, 101 mil há mais de um ano

Os reflexos da recessão econômica continuam a atingir o mercado de trabalho. No Espírito Santo, a taxa de desocupação passou de 10,2% no último trimestre do ano passado para 12,1% nos primeiros três meses deste ano, segundo a Pnad-C, do IBGE

Publicado em 16 de maio de 2019 às 14:57

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Pessoas fazem longa fila em frente ao shopping mestre Álvaro para tentar uma vaga de emprego em uma lanchonete . (Bernado Coutinho)

O mercado de trabalho continua a sofrer com a resistente estagnação econômica brasileira. No Espírito Santo, 364 mil pessoas procuravam um trabalho no primeiro trimestre deste ano, sendo que 101 mil pessoas desse contingente estão atrás de trabalho há mais de um ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada na manhã desta quinta-feira (16/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O número é 15% maior do que a quantidade de trabalhadores nessa situação nos últimos três meses do ano passado.

Entre aqueles que tentaram um emprego, mas não conseguiram não estão apenas os considerados desempregados (260 mil). Fazem parte desse grupo também 104 mil profissionais que estavam subocupados, ou seja, que atuavam em atividades que exigem poucas horas de dedicação e não pagam um salário suficiente para garantir o sustento desse profissional. São pessoas que fazem bico, por exemplo, e não conseguem ter uma renda regular.

Nos primeiros meses do ano passado, os subocupados representavam 80 mil pessoas na Pnad. A pesquisa de agora mostra que houve uma evolução preocupante no quadro, um avanço de 30% na quantidade de gente nessa situação.

O estudo ainda mostra que a quantidade de pessoas procurando um posto de trabalho há mais de um ano é 27% maior do que no mesmo período do ano passado, época em que 79 mil trabalhadores estavam atrás de um posto de trabalho.

De acordo com a Pnad, 46 mil estão há menos de um mês em busca de uma vaga, já outros 112 mil procuram há menos de um ano.

Taxa de desemprego

Os dados da Pnad revelam ainda que houve queda no número de trabalhadores ocupados tanto no mercado formal quanto no informal. No Espírito Santo, a taxa de desocupação que estava em 10,2% no último trimestre do ano passado saltou para 12,1%.

A quantidade de profissionais que atuavam de carteira assinada passou de 913 mil no último trimestre de 2018 para 895 mil entre janeiro e março deste ano.

O desemprego foi sentido até para as empregadas domésticas, com queda de 8 mil no número de pessoas ocupadas na atividade tanto no mercado formal quanto no setor informal.

Dados nacionais

O cenário de desemprego, de acordo com o IBGE, se agravou em 14 das 27 unidades da federação.

No Estado de São Paulo, houve elevação de 12,4% no quarto trimestre de 2018 para 13,5% no primeiro trimestre deste ano. No primeiro trimestre de 2018, a taxa de desemprego em São Paulo estava em 14,0%.

As maiores taxas de desemprego foram registradas no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18,0%).

No Rio, a taxa de desemprego ficou em 15,3% e, em Minas Gerais, em 11,2%. As menores taxas foram observadas em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%).

A taxa de desocupação no total do país no primeiro trimestre de 2019 foi de 12,7%, ante 13,1% no primeiro trimestre de 2018, como já havia divulgado o IBGE no fim de abril.

No quarto trimestre do ano passado, a taxa de desocupação era de 11,6%. São 13,387 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre e um quarto deles está há dois anos ou mais em busca de trabalho.

Do total de desempregados no primeiro trimestre, 24,8%, ou 3,319 milhões de pessoas, estão nessa condição há dois anos ou mais.

Outros 6,074 milhões de trabalhadores estão desempregados de um mês a menos de um ano, o equivalente a 45,4% do total de desempregados, enquanto 2,108 milhões (15,7%) buscam trabalho há menos de um mês e 1,886 milhão (14,1% do total) o fazem de um ano a menos de dois anos.

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