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Brasil vive momento de nova confiança no empreendedorismo, diz Levy

Brasil vive momento de nova confiança no empreendedorismo, diz Levy

Presidente do BNDES diz que inovação gera alto valor agregado

Publicado em 9 de maio de 2019 às 22:01

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O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, Joaquim Levy. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse nesta quinta-feira (9), no segundo painel do Fórum Nacional, no Rio de Janeiro, que o Brasil está vivendo um momento de nova confiança no empreendedorismo e na vontade de fazer as coisas de maneira diferente. Nesse contexto, a internet das coisas (IOT) faz a ligação com os diversos centros tecnológicos existentes no país e o BNDES está ancorando uma série de iniciativas e de desenvolvedores.

Levy destacou o olhar "atencioso e atento" que o Ministério da Economia está tendo em relação ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no sentido de simplificar o sistema de patentes. "A gente sabe que ali há um gargalo que se arrasta há anos e renovar essa parte é extremamente importante".

O presidente disse ter confiança que quando se olha o atual momento no país, "cheio de possibilidades, dúvidas etc.", muitas companhias querem mudar seus processos nas áreas onde atuam, enquanto outras desejam conquistar novos nichos de atividade. O BNDES tem um papel importante a desempenhar para ajudar essas empresas, tanto dando crédito, como criando possibilidade de encontrar gente que vai poder ajudá-las a ter essa inovação, assim como dando até o capital de que necessitam. "Junto com a simplificação regulatória que o Ministério da Economia está fazendo, eu acho que isso dá novas perspectivas para a economia brasileira".

Levy disse que se não há um aumento de produtividade na economia, não há aumento de renda. "A gente sabe como precisa aumentar a renda e continuar o trabalho de inclusão de milhões de brasileiros".

INOVAÇÃO

O presidente disse que há a necessidade de o Brasil estar se adiantando na área da inovação, da pesquisa e da relação entre a ciência, o conhecimento e as indústrias nacionais, com a finalidade de ter atividades de alto valor agregado no país.

Levy citou, em particular, a área aeroespacial, em que o Brasil tem destaque. O presidente do BNDES disse que o Brasil tem capacidade para crescer, mas precisa de ambição e muito planejamento e preparação. Para ele, é preciso ainda ter um ambiente competitivo que crie as condições para as empresas quererem inovar, porque monopólios não consideram interessante a inovação. Para Levy, é preciso forçar as companhias que têm potencial de mercado a se mexer e a adotação de novas tecnologias permite dar saltos de qualidade.

POLITICA NACIONAL

O secretário-executivo adjunto do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Carlos Alberto Flora Baptistucci, disse que inovação é uma das políticas nacionais da pasta, no conceito de inovação tecnológica, com o objetivo principal de melhorar e facilitar a vida das pessoas. "Ela tem uma função social extremamente relevante".

Baptistucci disse que, na nova visão do ministério, para gerar conhecimento e contribuir para a melhoria de vida do brasileiro, o ministro Marcos Pontes criou três secretarias, dedicadas à ciência básica; ao empreendedorismo e inovação e às tecnologias aplicadas. Esta última visa buscar tecnologias existentes para transformá-las em algo útil para a sociedade. A ideia é levar ciência, tecnologia e inovação para o Brasil inteiro.

O secretário-executivo disse que o ministério criou o Departamento de Estruturas de Custeio e Financiamento de Projetos para buscar alternativas de outras formas de recursos, para não ter que depender só do orçamento, que sofreu corte de 42%. Ele disse que isso poderá ser feito com ajuda da Finep e do BNDES.

De acordo com Baptistucci, são também prioridades definidas pelo ministro conseguir o descontingenciamento de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), onde mais de 42% dos recursos estão contingenciados, mostrar a importância da ciência e tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros; trabalhar com ferramentas de outros ministérios em projetos específicos; além de buscar recursos de fundos internacionais.

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Na sexta-feira (10), o painel de encerramento do Fórum Nacional, promovido pelo Instituto de Altos Estudos (Inae), terá a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

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