O governo federal está estudando uma série de medidas para alterar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), como acabar com o monopólio da gestão dos recursos, beneficiando os trabalhadores, até aumentar a rentabilidade. De acordo com o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, há várias alternativas sendo avaliadas para reestruturar o Fundo, mas os estudos ainda estão na fase inicial.
O FGTS vai sofrer reformatações, incluindo mudanças em sua governança, gestão e rentabilidade. Hoje, a rentabilidade é de 3% ao ano mais taxa referencial (que atualmente está zerada). Logo, em termos reais, descontada a inflação, ela é negativa, funciona como um imposto sobre o cidadão, em vez de ajudá-lo, comentou o secretário.
Confira algumas das mudanças que podem acontecer:
O economista Marcelo Loyola vê com bons olhos algumas dessas mudanças. O FGTS tem um rendimento muito baixo, então, na primeira oportunidade legal as pessoas tiram o dinheiro de lá. Acredito que se ele tivesse um rendimento maior, não haveria essa corrida, mesmo que a pessoa tivesse a possibilidade, comenta.
A ideia de permitir que o fundo seja administrado por outros bancos também é muito boa. Atualmente, a Caixa fica sufocada com esse tipo de atendimento e cria uma série de problemas para o próprio banco e também para os trabalhadores basta lembrar das enormes filas registradas quando foi liberado o saque das contas inativas, completa.
O economista, no entanto, não é favorável a aumentar as possibilidades de saque do FGTS. É preciso ter atenção nesse sentido. O Fundo foi criado com o intuito de dar condições ao trabalhador num momento de perda inesperada do emprego. Se abrir muito as possibilidades de saque, pode ser que ele fique 'descoberto' quando precisar, conclui.
De acordo com Waldery, as mudanças estão sendo estudadas e vão ser apresentadas sem urgência. É uma medida de médio prazo. Não temos pressa e queremos dialogar com o Congresso. Não podemos perder a oportunidade de bem desenhar o fundo, afirmou.
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