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Entenda a série de medidas que o governo estuda para alterar o FGTS

Entenda a série de medidas que o governo estuda para alterar o FGTS

Governo quer aumentar a rentabilidade do Fundo e acabar com monopólio da gestão dos recursos, beneficiando os trabalhadores

Publicado em 10 de maio de 2019 às 20:11

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FGTS é gerido pela Caixa Econômica Federal. (Arquivo)

O governo federal está estudando uma série de medidas para alterar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), como acabar com o monopólio da gestão dos recursos, beneficiando os trabalhadores, até aumentar a rentabilidade. De acordo com o secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, há várias alternativas sendo avaliadas para reestruturar o Fundo, mas os estudos ainda estão na fase inicial.

“O FGTS vai sofrer reformatações, incluindo mudanças em sua governança, gestão e rentabilidade. Hoje, a rentabilidade é de 3% ao ano mais taxa referencial (que atualmente está zerada). Logo, em termos reais, descontada a inflação, ela é negativa, funciona como um imposto sobre o cidadão, em vez de ajudá-lo”, comentou o secretário.

Confira algumas das mudanças que podem acontecer:

O economista Marcelo Loyola vê com bons olhos algumas dessas mudanças. “O FGTS tem um rendimento muito baixo, então, na primeira oportunidade legal as pessoas tiram o dinheiro de lá. Acredito que se ele tivesse um rendimento maior, não haveria essa corrida, mesmo que a pessoa tivesse a possibilidade”, comenta.

“A ideia de permitir que o fundo seja administrado por outros bancos também é muito boa. Atualmente, a Caixa fica sufocada com esse tipo de atendimento e cria uma série de problemas para o próprio banco e também para os trabalhadores – basta lembrar das enormes filas registradas quando foi liberado o saque das contas inativas”, completa.

O economista, no entanto, não é favorável a aumentar as possibilidades de saque do FGTS. “É preciso ter atenção nesse sentido. O Fundo foi criado com o intuito de dar condições ao trabalhador num momento de perda inesperada do emprego. Se abrir muito as possibilidades de saque, pode ser que ele fique 'descoberto' quando precisar”, conclui.

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De acordo com Waldery, as mudanças estão sendo estudadas e vão ser apresentadas sem urgência. “É uma medida de médio prazo. Não temos pressa e queremos dialogar com o Congresso. Não podemos perder a oportunidade de bem desenhar o fundo”, afirmou.

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