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Banco Central mantém taxa Selic em 6,5%

Banco Central mantém taxa Selic em 6,5%

Os juros estão no patamar atual desde março de 2018, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC encerrou o ciclo de cortes iniciado em 2016 e colocou a Selic em sua mínima histórica

Publicado em 19 de junho de 2019 às 21:31

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Banco Central. (Antonio Cruz | Arquivo)

O Banco Central manteve nesta quarta-feira (19) a taxa básica de juros (Selic) em 6,50% ao ano.

Os juros estão no patamar atual desde março de 2018, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC encerrou o ciclo de cortes iniciado em 2016 e colocou a Selic em sua mínima histórica.

A divulgação de dados econômicos deste primeiro semestre, que indicam cenário de estagnação ou até recessão, além de queda na inflação, aumentou as apostas de que o BC iria sinalizar na reunião desta quarta cortes na taxa básica até o final do ano.

O BC tem afirmado, no entanto, que há fatores que devem ser considerados, como a frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas econômicas.

Até a semana passada, as projeções do mercado, de acordo com a pesquisa Focus feita pelo BC, eram de três cortes de 0,25 ponto ainda neste ano, nas reuniões do Copom de setembro, outubro e dezembro. Com isso, a taxa fecharia 2019 em 5,75% ao ano.

A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 está em 0,93%, abaixo do verificado nos dois anos anteriores (1,1%).

Além de dados que indicam atividade econômica fraca, foram divulgados nas últimas semanas números que mostram queda da inflação. O IPCA (índice de preços ao consumidor) está em 4,66% no acumulado dos últimos 12 meses. A projeção para o ano é de 3,84%, para uma meta de inflação de 4,25.

Na terça-feira (18), o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, que vinha preparando o mercado para um aperto na política monetária, afirmou que um estímulo econômico adicional será necessário e que ainda pode cortar os juros.

A declaração irritou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou Draghi de buscar vantagem comercial injusta ao desvalorizar o euro.

O Fed (Federal Reserve), banco central americano, também já havia desistido de elevar os juros. Nesta quarta-feira, a instituição manteve a taxa básica de juros entre 2,50% e 2,25% ao ano, com indicação de que deve cortar o juro na próxima reunião.

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O cenário contribuiu para que a Bolsa de Valores fechasse pela primeira vez acima dos 100.000 pontos.

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