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Espírito Santo abre mais de 9 mil vagas de emprego em maio

Espírito Santo abre mais de 9 mil vagas de emprego em maio

Destaque foi o setor agrícola, que teve um saldo de mais de sete mil vagas de emprego no mês

Publicado em 27 de junho de 2019 às 20:25

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Período de colheita do café aumentou o número de contratações no campo. ( Divulgação)

O Espírito Santo registrou um saldo de 9.384 vagas de emprego no mês de maio. O valor é o maior para o mês desde maio de 2011, quando o saldo registrado foi de 12.513 vagas. Agora, no acumulado do ano, o Estado apresenta um saldo de 19.185 vagas formais de emprego, segundo aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (27).

De acordo com a publicação, o Espírito Santo foi o que apresentou o maior percentual de crescimento em relação ao mês anterior – 1,29%, contra 0,48% do segundo colocado, o Acre, e 0,45% de Minas Gerais, que foi o terceiro colocado. Até mesmo em número bruto o saldo do Espírito Santo é destaque, sendo o segundo colocado, atrás apenas de Minas Gerais que teve um saldo de 18.380 vagas.

Espírito Santo abre mais de 9 mil vagas de emprego em maio

Em maio, o número de vagas de emprego criadas em todo o Brasil foi de 32.140 – o que significa que, sozinho, o Espírito Santo foi responsável pela criação de 29,19% de todas as vagas em território nacional.

 

O melhor desempenho de contratações foi do setor de Agropecuária, que apresentou um saldo de 7.726 vagas de emprego – sendo 10.641 vagas abertas e 2.915 fechadas. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), Julio Rocha, a contratação registrada em maio pode ser sazonal, por conta das colheitas do café conilon e arábica.

"Mesmo sabendo que essas contratações são sazonais, acredito que não teremos uma queda muito grande nos próximos meses. Isso porque o ano agrícola começa em julho e estão sendo apresentados alguns incentivos para os produtores. Então, muitas das pessoas que foram contratadas para a colheita podem ser aproveitadas ao longo do ano", comentou Julio Rocha.

Outro destaque foi o setor da Indústria de Transformação, com saldo de 1.235 postos de emprego – 6.708 admissões e 5.473 desligamentos. Já o número negativo ficou com o Comércio, que teve um saldo negativo de 438 vagas.

"A visão que tenho é que muitas lojas grandes fecharam. Você vê uma queda do número de lojas no Centro de Vitória, na Leitão da Silva, e isso impacta nas contratações. Ainda assim, acredito que no segundo semestre esses dados vão virar a favor do comércio, que tradicionalmente apresenta uma melhora nos últimos seis meses do ano", avalia o presidente da CDL Vitória, Estanislau Ventorim.

O professor universitário e economista Mário Vasconcelos também ressalta o número negativo do comércio. "Tenho observado muitas lojas fechadas. Muita gente caminhando nos shoppings, mas pouca gente, efetivamente, comprando. Isso é consequência da paralisação da economia. Fechamos, praticamente, seis meses de governo e as coisas ainda não andaram", pontuou.

MUNICÍPIOS

Entre os municípios analisados, o destaque foi Aracruz, com 3.529 admissões, 1.898 desligamentos, e um saldo de 1.631 vagas criadas. Linhares foi o segundo colocado, com saldo de 1.164 vagas (2.708 contratações e 1.544 demissões). Nova Venécia, com um saldo de 617 empregos foi a terceira colocada entre as cidades que mais contrataram – vale destacar que somente 21 municípios possuem os dados detalhados do Caged.

Já entre as cidades da Grande Vitória, a Serra foi a única que apresentou crescimento no número de postos de trabalho: 211. Foram 5.607 admissões e 5.396 desligamentos.

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Cariacica apresentou uma retração de 101 vagas, Vila Velha fechou 180 postos de trabalho e Vitória apresentou o pior desempenho em todo o Estado. Foram 4.487 vagas criadas contra 4.763 vagas encerradas – um saldo negativo de 276 vagas de emprego.

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