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Emprego tem melhor 1º semestre desde 2011 no Espírito Santo

Emprego tem melhor 1º semestre desde 2011 no Espírito Santo

ES abriu 18,4 mil vagas nos seis primeiros meses do ano

Publicado em 26 de julho de 2019 às 01:52

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Norte do Espírito Santo. (Guilherme Ferrari)

Em mais um sinal de recuperação gradual do mercado de trabalho, o Espírito Santo fechou o primeiro semestre do ano com a criação de 18.458 empregos, maior abertura de vagas com carteira assinada desde 2011, quando foram abertas 28.105 postos de trabalho. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados ontem pelo Ministério da Economia.

Entre os setores da economia, o de serviços é o maior destaque positivo até aqui, com abertura de 8.308 vagas. Na sequência aparecem a agropecuária, com saldo de 6.246 empregos, e a indústria, com criação de 3.430 postos.

Emprego no Espírito Santo tem melhor período de 6 meses desde 2011

Para o vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES), João Elvécio Faé, o crescimento é importante para recuperação da economia capixaba, mas ainda não reflete algo contínuo.

“Esse crescimento ainda é muito lento. Não é nada que a gente vá ficar entusiasmado. Mas a gente já percebe um ânimo nos empresários depois da aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno. Ainda falta um caminho pela frente, inclusive com outras reformas, mas a gente espera voltar a crescer num ritmo considerável. Esse ano o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 1%, mas a gente espera algo bem melhor para 2020”, afirma.

JUNHO

Prova que esse crescimento ainda não é sustentável são os dados do emprego de junho, quando o Estado fechou 1.152 vagas de emprego. Ajudou a segurar esse número, novamente, o setor de serviços, com saldo de 2.055 novos postos de trabalho.

Selo do Curso de Residência em Jornalismo Rede Gazeta. (Divulgação)

Apesar de negativo, o resultado de junho é o melhor desde 2013, quando o Estado encerrou com um saldo negativo de 965 postos de trabalho. Um dos possíveis fatores para isso, segundo especialistas, é a redução que normalmente ocorre em junho da mão de obra na colheita do café, que vem se aproximando do fim. A atividade ainda é a principal empregadora do campo no Espírito Santo.

Isso fez com que o setor agropecuário fosse o destaque negativo de junho, apresentando um déficit de 3.597 vagas – foram 2.592 contratações contra 6.549 demissões. Como a colheita ainda não foi encerrada, o setor segue com um bom saldo no ano: 6.246 vagas.

Na avaliação do presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), Ricardo Paixão, os dados de 2019 mostram um leve sinal positivo de aquecimento da economia, mas pouco para garantir bons resultados a longo prazo.

“O Brasil não está conseguindo criar vagas suficientes no mercado para absorver os novos profissionais que chegam a cada ano e também os que buscam recolocação. Falta um projeto detalhado de ações coordenadas, envolvendo todos os níveis do governo que foque em melhorar o ambiente de negócios, através de medidas como a reforma tributária, a redução de juros de crédito e ações de desburocratização”, avalia Paixão que ainda defende a capacitação de micro e pequenos empresários.

MUNICÍPIOS

Entre os municípios capixabas, Vitória foi o que apresentou o maior saldo no ano, 2.382 novos empregos. Na Serra, segunda colocada, foram 2.219 em vagas criadas. Outros destaques foram Linhares (com saldo de 1.861 empregos), Vila Velha (1.290) e São Mateus (653).

As únicas cidades que apresentaram saldo negativo de emprego no ano foram Guarapari e Viana, com resultado de -403 e -140, respectivamente.

NACIONAL

No país os números também foram positivos. O Brasil gerou 48.436 empregos formais em junho, o melhor resultado registrado para o mês desde 2013. No consolidado do semestre, os números de junho são os melhores desde 2014. Foram 408.500 novas vagas formais nos primeiros seis meses de 2019, resultado superior ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 392.461 empregos.

No acumulado dos últimos 12 meses, em período encerrado em junho de 2019, o saldo entre admissões e desligamentos ficou positivo em 524.931 novos postos, que representa melhoria em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 280.093 novos empregos.

* Esta reportagem teve colaboração da residente Marina Moregula

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