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Espírito Santo fecha mais de mil vagas de emprego em junho

Espírito Santo fecha mais de mil vagas de emprego em junho

O destaque negativo ficou com a Agropecuária. Já o positivo foi o setor de serviços, que teve um saldo de 2.055 empregos criados

Publicado em 25 de julho de 2019 às 17:20

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Carteira de Trabalho. (Ana Volpe/Agência Senado)

O Espírito Santo encerrou o mês de junho com saldo negativo de 1.152 vagas de emprego. Apesar de negativo, o número é o melhor para o mês desde 2013, quando o Estado encerrou com um saldo negativo de 965 postos de trabalho. No mês passado, o número de contratações chegou a 28.669, enquanto que as demissões alcançaram 29.821. Os dados estão no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (25). No ano, o saldo é positivo em 18.458 vagas abertas.

O número do semestre é o melhor desde 2011, quando foram abertas 28.105 vagas de emprego. Em 2012 foram 18.398 - número muito próximo ao do que foi registrado neste ano. Já em 2013 foram 11.746 e 12.151 em 2014. Depois o Estado registrou dois anos seguidos de fechamento de vagas: 14.488 em 2015 e 15.004 em 2016. O número voltou a ficar positivo em 2017, com 5.421 vagas e seguiu crescendo em 2018: 13.521.

Um dos possíveis fatores que fez com que o número de vagas de emprego caísse foi a redução da mão de obra na colheita do café, que vem se aproximando do fim. Com isso, o setor agropecuário foi o destaque negativo de junho, apresentando um déficit de 3.597 vagas – foram 2.592 contratações contra 6.549 demissões – uma variação de -8,85%.

O outro setor que apresentou queda foi o de indústria da transformação – este com números bem menores. O saldo negativo nesta área foi de 275 vagas, com 4.372 postos de emprego abertos e 4.647 fechados, variação de -0,23%.

Já os destaques positivos ficaram com os setores de Serviços e Construção Civil. O primeiro apresentou um saldo de 2.055 postos de trabalho, tendo criado 11.707 vagas e fechado 9.652 – tendo uma variação de 0,63%; o segundo, também com números mais discretos, apresentou um saldo de 327 vagas – 2.691 abertas e 2.364 fechadas.

Para o vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Espírito Santo (Fecomércio-ES) João Elvécio Faé, o crescimento é positivo e importante, mas ainda não reflete um crescimento expressivo e que deva ser contínuo. "Esse crescimento ainda é muito lento. Não é nada que a gente vá ficar entusiasmado. Mas a gente já percebe um ânimo nos empresários depois da aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno. Ainda falta um caminho pela frente, inclusive com outras reformas, mas a gente espera voltar a crescer num ritmo considerável. Esse ano o Produto Interno Bruto (Pib) deve ficar em 1%, mas a gente espera algo bem melhor para 2020", comentou.

Municípios

Entre os municípios analisados no Caged, Vitória foi o que apresentou o maior crescimento de postos de trabalho: 1.710, sendo 5.831 postos abertos e 4.121 fechados. Serra, a segunda colocada em empregos criados, teve um saldo 470 vagas – 4.924 abertas e 4.454 fechadas. Ainda na Grande Vitória, Cariacica criou 218 postos de trabalho (1.872 abertos e 1.654 fechados) e Vila Velha fechou 60 postos (3.190 abertos e 3.250 fechados).

As cidades que mais fecharam postos de trabalho em junho foram Aracruz e Linhares. Em Aracruz, foram criados 1.646 empregos e encerrados 2.318 vínculos, apresentando um saldo negativo de 672 vagas. Já Linhares teve um déficit de 437 vagas – 1.570 empregos abertas e 2.007 fechadas.

Nacional

O Brasil gerou 48.436 empregos formais em junho, o melhor resultado registrado para o mês desde 2013. Os números do Caged representam uma alta de 0,13% em relação ao estoque do mês anterior. No consolidado do semestre, os números de junho são os melhores desde 2014. Foram 408.500 novas vagas formais nos primeiros seis meses de 2019, resultado superior ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 392.461 empregos.

No acumulado dos últimos 12 meses, em período encerrado em junho de 2019, o saldo entre admissões e desligamentos ficou positivo em 524.931 novos postos formais, que representa melhoria em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram gerados 280.093 novos empregos.

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