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ANP cria sala de crise para acompanhar problema em plataforma no RJ

ANP cria sala de crise para acompanhar problema em plataforma no RJ

Há trincas com até 33 metros de extensão, gerando risco de naufrágio da unidade. Até o momento, a Petrobras estima que 7,8 mil litros de óleo vazaram

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 21:11

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Navio-plataforma FPSO Cidade do Rio de Janeiro, que opera na Bacia de Campos. (Divulgação / Modec)

A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) instalou uma sala de crise para acompanhar os trabalhos de Petrobras e da japonesa Modec no navio plataforma Cidade do Rio de Janeiro, responsável por vazamentos de óleo na Bacia de Campos.

De acordo com a agência, foram identificadas cinco trincas no casco da embarcação. A reportagem apurou que há trincas com até 33 metros de extensão, gerando risco de naufrágio da unidade. Até o momento, a Petrobras estima que 7,8 mil litros de óleo vazaram da unidade.

O navio plataforma foi evacuado durante o fim de semana. Ao todo, 107 pessoas desembarcaram da unidade. No momento, diz a ANP, sete barcos de combate à poluição atuam na área para dispersar a mancha de óleo.

No último comunicado divulgado sobre o tema, a Petrobras informou que identificou aumento na extensão das trincas. A empresa disse, porém, que o navio continua em "posicionamento estável e em condições seguras, sob monitoramento permanente".

O Cidade do Rio de Janeiro é uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês para unidade de produção, armazenagem e transferência de petróleo e gás). Foi construída sob o casco de um navio e estava fora de operação desde julho de 2018.

No momento do acidente, Petrobras e Modec realizavam a desconexão de tubos que ligam a plataforma aos poços produtores. A plataforma é parte de uma lista de unidades antigas que serão desativadas pela Petrobras, porque as áreas onde operam já não produzem volumes comerciais.

"O FPSO Cidade do Rio de Janeiro, que se encontra no Campo de Espadarte, Bacia de Campos, está em fase de descomissionamento e realizava a desconexão dos risers, quando foi identificado o aumento do volume de dois tanques. Posteriormente, mergulhadores identificaram cinco trincas no casco da instalação", disse a ANP.

"Os técnicos que trabalhavam no local deixaram a unidade, e empresa especializada em estabilidade de embarcações está avaliando a situação. O FPSO deve ser movimentado para a realização dos reparos em estaleiro", continua a agência, em nota.

Em janeiro, o Cidade do Rio de Janeiro já havia sido responsável por outro vazamento, de 1,4 mil litros de óleo, que mancharam praias de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos fluminense. Na ocasião, a Petrobras disse que a Modec tomou todas as providências necessárias para cessar a fonte do vazamento.

A Petrobras ainda não atualizou, nesta terça-feira (27), as condições da plataforma. Procurada pela reportagem, a Modec afirmou por meio da assessoria de imprensa que a comunicação do caso está a cargo da estatal.

A plataforma foi afretada pela Petrobras e era operada pela japonesa. Iniciou as operações no campo de Espadarte, a 130 quilômetros da costa, em 2007. Tem 320 metros de comprimento e 50 de largura. Segundo fontes, guarda hoje cerca de 300 mil litros de óleo diesel, que podem ser lançados ao mar em caso de naufrágio.

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