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Demissão voluntária: 80 empregados podem deixar Bradesco no ES

Demissão voluntária: 80 empregados podem deixar Bradesco no ES

Programa de Demissão Voluntária (PDV) estará aberto da próxima segunda-feira até 16 de outubro. Atualmente banco tem cerca de 800 empregados no Espírito Santo

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 18:57

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Bradesco tem 40 agências bancárias no Espírito Santo. (Google Earth)

O Programa de Demissão Voluntária (PDV) anunciado pelo Bradesco pode forçar a saída de 40 a 80 empregados do banco no Espírito Santo. Atualmente a empresa possui 800 empregados divididos em 40 agências de atendimento ao público e outros 40 pontos de trabalho interno.

O Programa foi anunciado na noite de quinta-feira (29) e, segundo o banco, é voltado para funcionários da organização com mais de 20 anos de casa (exceto de agências). Já nas agências bancárias, são elegíveis para ao programa funcionários aposentados ou que estejam aptos a se aposentar. Também podem aderir ao PDV funcionários que apresentem algum tipo de estabilidade como, por exemplo, ter retornado de licença médica por tratamento de saúde ou por acidente do trabalho, informou o Bradesco.

De acordo com o Fabrício Coelho, empregado do Bradesco e diretor do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES), a conta que o banco faz é que de 5% a 10% dos empregados aceitem os benefícios oferecidos e se demitam do banco.

"Há algumas semanas estávamos ouvindo esse boato, mas há 10 dias o banco teve uma reunião com o sindicato e negou. Agora eles vão e anunciam. Mesmo com a negativa, a gente já desconfiava porque o banco vem fazendo uma migração para o atendimento digital e contratação de terceirizados", comentou.

Coelho não descarta a possibilidade de que o banco feche agências no Espírito Santo. "Os bancos alegam que estão numa corrida contra os bancos digitais. Agora, com a reforma trabalhista, o banco vem mudando o modelo de contratação e reduzindo o atendimento comercial", acrescentou.

PRAZO

O Bradesco deu um prazo de 45 dias para que os empregados decidam sobre a saída do banco. O PDV tem início em 2 de setembro, próxima segunda-feira, e vai até 26 de outubro. Em comunicado, o Bradesco afirmou que vai pagar 60% do salário fixo do mês - a cada ano completo trabalhado, limitado a 12 salários - a quem aderir ao programa. Também serão pagas verbas rescisórias, e mantidos o plano de saúde e odontológico por um ano e meio, além do pagamento de valor equivalente a seis meses vale-alimentação.

Em 2017 o banco já havia adotado um PDV que teve cerca de 7,5 mil adesões. A expectativa é que este seja um pouco menor do que o registrado há dois anos.

OUTROS BANCOS

Em julho, o Itaú anunciou um PDV, mas não informou o montante de adesões que pretende obter. Por meio de nota, o banco informou que o programa inclui todas as empresas controladas exclusivamente pelo Itaú Unibanco Holding S.A. no Brasil. São elegíveis aproximadamente 6.900 colaboradores que atendem a alguns critérios definidos pelo banco. 

Em maio, a Caixa também abriu um Programa de Demissão Voluntário para reduzir 3,5 mil postos de emprego. O banco foi questionado sobre o andamento do programa, mas não respondeu até a publicação desta matéria.

Banco do Brasil, Santander, Banco do Nordeste, Sicoob e Banestes também foram questionados sobre a possibilidade de abertura de um PDV. O Sicoob respondeu dizendo que não há qualquer PDV em andamento no momento, assim como o Santander e o Banco do Nordeste.

Já o Banestes informou que possui um Plano Especial de Desligamento Incentivado (Pedi) em andamento. O objetivo é adotar um novo modelo de gestão de infraestrutura de tecnologia da informação. No total, 45  funcionários poderão aderir ao Pedi. A mudança não deve acarretar o fechamento de agências.

Assim que as demais instituições se posicionarem as respostas serão incluídas nesta matéria.  

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