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ES fecha 4.117 vagas de trabalho em julho. Pior resultado do país

ES fecha 4.117 vagas de trabalho em julho. Pior resultado do país

O destaque negativo ficou com o agronegócio. Apesar do desempenho negativo no último mês, Estado criou no ano mais de 14 mil postos de emprego

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 23:20

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Carteira de Trabalho. (Ana Volpe/Agência Senado)

O Espírito Santo terminou o mês de julho com fechamento de 4.117 postos de trabalho, registrando o pior resultado entre os Estados. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta sexta-feira (23) pelo Ministério da Economia.

De acordo com dados, os setores da agropecuária (-3.190), de serviços (1.462) e da indústria de transformação (-159) foram os responsáveis pelo saldo negativo. O superintendente regional do Trabalho no Espírito Santo, Alcimar Candeias, explica que os fechamentos de vagas no agronegócio, por exemplo, são em decorrência do fim da safra do café.

“O mês de julho é sazonal, pois o agronegócio registra a dispensa dos trabalhadores da colheita, o que impacta no resultado final da pesquisa. Além disso, outros setores acabam sendo impactados em decorrência do término dessa atividade como o de serviços”, comenta ao acrescentar que os reflexos atingem segmentos de transporte e alimentação.

Este é o segundo mês consecutivo que o Espírito Santo registra queda no número de trabalhadores formais. Em junho foram 1.152 desligamentos. Apesar da queda, dos últimos dois meses, de janeiro a julho deste ano o Estado registra um crescimento no número de carteiras assinadas, ou seja, saldo positivo de 14.721 e nos últimos 12 meses de 19.026.

Já dentre os municípios, a Serra ficou com a maior queda, 1.025 ao todo, ou seja, uma redução de 0,85% em relação ao mês anterior. Percentualmente, Nova Venécia teve a maior redução, 5,11%, com menos 363 postos.

Os destaques positivos ficaram com os setores de Construção Civil e Comércio. O primeiro apresentou um saldo positivo de 460 postos de trabalho e o segundo, 174.

O economista e conselheiro do Conselho Federal de Economia, Eduardo Araújo, avalia que nos próximos meses o quadro deve melhorar em decorrência da reforma da Previdência e da liberação de saques do FGTS.

“Não está se gerando um quantitativo de vagas que o mercado precisa. Por outro lado, há um grande crescimento no mercado informal. Olhando para o futuro, as perspectivas aumentam por conta da aprovação da reforma da Previdência. Isso deixa o mercado com um otimismo maior e a tendência é de apostar no saldo positivo. A liberação dos recursos do FGTS dão um novo ânimo para o comércio, que deve gerar mais vagas por causa desse dinheiro”, ressalta.

Araújo ressalta também que a melhora do cenário econômico depende ainda de fatores externo como a guerra comercial entre o Estados Unidos e a China. “Esse impasse gera uma oscilação no mercado de câmbio, gerando incertezas no processo de recuperação do Espírito Santo. No entanto, a expectativa é que a economia registre no Estado um crescimento de um pouco mais de 1%”, afirma.

NO BRASIL

Pelo quarto mês consecutivo, o emprego formal cresceu no Brasil. Dados do Caged mostram a abertura de 43.820 vagas de trabalho com carteira assinada em julho, um crescimento de 0,11% em relação ao estoque de junho.

Também houve crescimento no emprego se considerados os resultados dos sete primeiros meses deste ano. De janeiro a julho foram abertas 461.411 vagas formais, variação de 1,20% sobre o estoque. Em 2018, no mesmo período, as novas vagas tinham somado 448.263.

Dos oito setores econômicos, sete contrataram mais do que demitiram em julho. O saldo ficou positivo na Construção Civil, Serviços, Indústria de Transformação, Comércio, Agropecuária, Extrativa Mineral e Serviços Industriais de Utilidade Pública. Apenas Administração Pública descreveu saldo negativo.

A maior parte das vagas foi aberta em São Paulo, onde foram criados 20.204 postos de trabalho; Minas Gerais, com 10.609 novas vagas, e Mato Grosso, que teve saldo positivo de 4.169 postos.

Os piores resultados, depois do Espírito Santo, foram do Rio Grande do Sul, com 3.648 postos a menos, e do Rio de Janeiro, que fechou julho com saldo negativo de 2.845 postos.

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