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Espírito Santo é destaque na revista britânica The Economist

Espírito Santo é destaque na revista britânica The Economist

Para o The Economist, a política de austeridade implantada pelo governo capixaba é um modelo que outras unidades da federação deveriam seguir

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 23:51

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(DAVID PROTTI)

O Espírito Santo foi destaque em uma matéria publicada nesta quinta-feira (8) pela revista britânica The Economist, uma das mais importantes publicações sobre economia no mundo. A reportagem faz uma análise da situação fiscal do Estado que, em meio à crise econômica, conseguiu honrar o pagamento dos salários dos servidores, passar pelo período sem dívidas e mantendo um nível de investimento relativamente alto, diferente dos Estados vizinhos. As medidas, segundo a publicação, são atribuídas ao ex-governador Paulo Hartung.

Para a The Economist, a política de austeridade implantada pelo ex-chefe do Executivo capixaba é um modelo que outras unidades da federação deveriam seguir. “Uma coisa que separa o Espírito Santo dos demais Estados foi a previsão sobre a profundidade da pior recessão do Brasil, que começou em 2014. Outros governadores acreditaram na então presidente, Dilma Rousseff, que prometeu uma recuperação rápida.” Como exemplo, o texto aponta que em 2016, o Rio de Janeiro terminou o ano com um déficit de R$ 10 bilhões. Já o Espírito Santo, teve superávit.

Ex-governador Paulo Hartung. (Marcelo Prest)

Outro ponto citado pela revista foi a “ousadia” do ex-governador em confrontar os sindicatos e de não dar reajuste aos servidores. “Mesmo quando, dois anos depois, a polícia entrou em greve, e 200 foram assassinados, ele não recuou”, afirma a publicação.

A reportagem pondera que a política de austeridade, mesmo eficaz, foi “dolorosa”. O deputado Sérgio Majeski também é citado na matéria. Ele afirmou à publicação que os cortes nos investimentos públicos tornaram mais difícil a saída da recessão. A reportagem fala ainda sobre a demissão de professores, principalmente aqueles de designação temporária, e o fechamento de escolas durante o período de governo de Paulo Hartung, mas aponta que, apesar disso, o Estado conseguiu bons resultados em indicadores da Educação.

Ao final, a revista afirma que mudanças fiscais como a que fez Hartung no Espírito Santo só poderiam ser replicadas por outros Estado se houvesse mudanças em leis federais. A reforma da Previdência, que passou nesta quarta-feira (7) na Câmara e foi enviada nesta quinta ao Senado, também é apontada como necessária para aliviar as contas públicas, no entanto, o texto lembra, por enquanto, que ela só é válida para servidores federais. “Poucos, fora do Espírito Santo, já ouviram falar de Paulo Hartung. Mas isso deve mudar à medida que mais Estados se encontrarem com seus cofres vazios.” 

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