Na contramão do mercado, o Banestes deve abrir novas agências em 2019. Mesmo com um movimento nacional de bancos tradicionais fechando agências físicas e abrindo Programas de Demissão Voluntária (PDVs) para readequar as atividades diante da mudança do comportamento do consumidor, o banco público capixaba vai continuar investindo no atendimento presencial.
Segundo o presidente do Banestes, Amarildo Casagrande, hoje estão descartadas medidas para reduzir o número de agências físicas ou para incentivar demissões de funcionários. Ele admite, porém a possibilidade de algumas agências ficarem menores.
A declaração foi dada nesta terça-feira (13) durante apresentação dos resultados financeiros e operacionais do banco no segundo trimestre de 2019. Entre abril e junho, o lucro líquido apurado caiu 28% em relação ao primeiro trimestre.
Ao contrário disso, serão abertas três novas agências. Duas voltadas para atender empresas, sendo que uma será em Vitória e outra no Norte do Espírito Santo, possivelmente em Linhares, segundo Amarildo.
Uma terceira, já autorizada, será uma "agência governo", com objetivo de concentrar as demandas nas secretarias, prefeituras e tribunais. "Ela vai cuidar de todas as contas desses órgãos. Assim conseguimos nos especializar e encontrar soluções que atendam esses órgãos públicos de maneira mais eficiente", disse. Hoje o Banestes possui 870 pontos de atendimento pelo Espírito Santo, sendo destes 122 agências.
Nos últimos meses, vários bancos iniciaram amplos programas de reestruturação. No dia 29 de julho, o Banco do Brasil anunciou a abertura de um novo PDV e mudanças das atividades em agências. No dia seguinte, foi a vez do Itaú Unibanco abrir programa de demissão para funcionários que tenham algum tipo de estabilidade ou idade acima de 55 anos. Já a Caixa encerrou seu PDV recentemente com adesão de 3.500 empregados.
"Banco presencial"
Segundo Amarildo, o Banestes continuará sendo um "banco presencial" pela avaliação do governo de que ele está atrelado ao desenvolvimento do Espírito Santo, sobretudo em locais mais distantes. O presidente destacou que há muitos clientes do banco que ainda não consomem serviços digitais.
"A gente quer ser um banco digital sim, mas queremos ser um banco presencial também. Não adianta a gente falar só em ser digital, que é um nicho muito específico. O Banestes, por estar presente em todos os municípios do Estado e em todas as regiões do Estado, tem clientes que não usam o digital. Então não podemos abandonar esse cliente. Muito pelo contrário, a gente tem que fortalecer o vínculo com esse cliente e dar um atendimento diferenciado para ele", afirmou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta