O dólar comercial e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tiveram o pior dia desde 27 de março, em meio a preocupações com a desaceleração da economia global. A moeda fechou em alta de 1,85%, cotado a R$ 4,04 nesta quarta-feira (14). O movimento está alinhado ao desempenho positivo da moeda em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities e acontece depois da divulgação de desaceleração maior que a esperada da atividade econômica na China, na Alemanha e na zona do euro como um todo. Além disso, a Bolsa de São Paulo despencou 2,94%.
Na terça-feira (13), a notícia de que a Casa Branca vai adiar o início da cobrança de tarifas sobre determinados produtos chineses para dezembro trouxe alívio ao dólar, que caiu da máxima de R$ 4,01 para R$ 3,94 na mínima. No fechamento, o dólar à vista teve queda de 0,39%, chegando a R$ 3,9678.
QUEDA
A Bolsa de São Paulo, por outro lado, tem queda, acompanhando as perdas observadas nos mercados internacionais. Com exceção de três papéis (Embraer, Marfrig e Suzano), todas ações da carteira do principal índice da B3 estavam em baixa no meio da manhã. O Ibovespa tinha queda de 1,97%, indo aos 101.261,59 pontos, às 11h46.
Entre as blue chips - as ações mais comercializadas na B3 -, a maior desvalorização é da Petrobrás, afetada pela queda de mais de 3% dos contratos futuros do barril do petróleo na ICE, em Londres, e na Nymex, em Nova York. A Embraer divulgou balanço, informando lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 26,1 milhões entre abril e junho - no mesmo período de 2018, a empresa teve prejuízo de R$ 485,0.
RISCO
A deterioração global reflete um fuga dos ativos de risco após decepção com indicadores econômicos na China e na zona do euro e também tem relação com os Estados Unidos. Lá, a curva de juros das T-Notes chegou a inverter mais cedo, com o título de 10 anos registrando menor rentabilidade do que o de 2 anos. Esse movimento, que sugere possibilidade de recessão, não acontecia desde antes da crise financeira global em 2007.
As Bolsas de Nova York confirmaram as expectativas dos índices futuros e abriram em queda nesta. Às 10h46 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,72%, enquanto o S&P 500 recuava 1,67% e o Nasdaq, 1,88%.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta