> >
Pânico de recessão global faz dólar fechar acima de R$ 4

Pânico de recessão global faz dólar fechar acima de R$ 4

Em meio a preocupações com a desaceleração da economia global, Bolsa de São Paulo despencou 2,94%

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 02:22

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Dólar fechou a R$ 4. (Marcello Casal JrAgência Brasil)

O dólar comercial e o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, tiveram o pior dia desde 27 de março, em meio a preocupações com a desaceleração da economia global. A moeda fechou em alta de 1,85%, cotado a R$ 4,04 nesta quarta-feira (14). O movimento está alinhado ao desempenho positivo da moeda em relação a outras divisas emergentes ligadas a commodities e acontece depois da divulgação de desaceleração maior que a esperada da atividade econômica na China, na Alemanha e na zona do euro como um todo. Além disso, a Bolsa de São Paulo despencou 2,94%.

Na terça-feira (13), a notícia de que a Casa Branca vai adiar o início da cobrança de tarifas sobre determinados produtos chineses para dezembro trouxe alívio ao dólar, que caiu da máxima de R$ 4,01 para R$ 3,94 na mínima. No fechamento, o dólar à vista teve queda de 0,39%, chegando a R$ 3,9678.

QUEDA

A Bolsa de São Paulo, por outro lado, tem queda, acompanhando as perdas observadas nos mercados internacionais. Com exceção de três papéis (Embraer, Marfrig e Suzano), todas ações da carteira do principal índice da B3 estavam em baixa no meio da manhã. O Ibovespa tinha queda de 1,97%, indo aos 101.261,59 pontos, às 11h46.

Entre as blue chips - as ações mais comercializadas na B3 -, a maior desvalorização é da Petrobrás, afetada pela queda de mais de 3% dos contratos futuros do barril do petróleo na ICE, em Londres, e na Nymex, em Nova York. A Embraer divulgou balanço, informando lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 26,1 milhões entre abril e junho - no mesmo período de 2018, a empresa teve prejuízo de R$ 485,0. 

RISCO

A deterioração global reflete um fuga dos ativos de risco após decepção com indicadores econômicos na China e na zona do euro e também tem relação com os Estados Unidos. Lá, a curva de juros das T-Notes chegou a inverter mais cedo, com o título de 10 anos registrando menor rentabilidade do que o de 2 anos. Esse movimento, que sugere possibilidade de recessão, não acontecia desde antes da crise financeira global em 2007.

Este vídeo pode te interessar

As Bolsas de Nova York confirmaram as expectativas dos índices futuros e abriram em queda nesta. Às 10h46 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 1,72%, enquanto o S&P 500 recuava 1,67% e o Nasdaq, 1,88%.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais