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Petróleo deve perder protagonismo em 10 ou 20 anos, diz secretário do IBP

Petróleo deve perder protagonismo em 10 ou 20 anos, diz secretário do IBP

Representante do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) destacou a tecnologia utilizada na exploração do combustível

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 00:15

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Representante do IBP disse que, investimentos no setor de petróleo e gás podem chegar a R$ 40 bilhões em 2022. (Thiers Turini - Divulgação)

Foi com o reconhecimento de que o petróleo impacta no aquecimento global que o secretário executivo dos Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Antonio Guimarães, disse que essa matriz energética deve perder o protagonismo global até 2030 ou 2040. Guimarães foi o primeiro palestrante da 12ª Feira de Metalmecânica + Inovação Industrial e ExpoConstruções 2019 – Mec Show, que começou nesta terça-feira (06) e vai até quinta-feira (8).

"O mundo inteiro discute transição energética. Talvez em 2030, 2040 o petróleo deixe de aumentar o consumo. Não vai acabar, mas com isso, o preço deve cair. Por isso, se o Brasil é rico em petróleo, ele tem uma decisão estratégica a tomar: ou produz rápido, enquanto o produto tem valor, ou talvez ele perca essa oportunidade", comentou.

"A era do petróleo vai acabar? Talvez, mas não no nosso tempo. O mundo quer mudar para um combustível mais limpo, mas enquanto o mundo demandar energia, vamos continuar fornecendo petróleo", acrescentou.

Enquanto o fim da "era do petróleo" não chega, o mercado segue se expandindo. O diretor do IBP acredita que, nos próximos anos, os investimentos no setor devem mais que dobrar – saindo de R$ 15 bilhões para R$ 40 bilhões em todo o Brasil.

"O setor andou em crise por uma série de questões que travaram o investimento na indústria. A partir de 2017 a situação começou a mudar. Se tudo que está previsto se consolidar, nosso futuro está contratado. A gente pode saltar de R$ 15 bilhões de investimentos para R$ 40 bilhões já em 2022. Isso é outro mundo", disse confiante.

Guimarães também falou da importância da tecnologia neste setor – a qual ele disse ser superior à que levou o homem à lua. "As pessoas pensam que a tecnologia é pouco sofisticada, mas não é. Um setor que trabalha há 200 quilômetros da costa e com dois quilômetros de profundidade deve ter uma tecnologia equivalente para ir até a lua. Talvez até mais, talvez Marte. Porque nessas situações não pode ter erro. É tudo robótica e automação de ponta", analisou.

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