Foi com o reconhecimento de que o petróleo impacta no aquecimento global que o secretário executivo dos Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), Antonio Guimarães, disse que essa matriz energética deve perder o protagonismo global até 2030 ou 2040. Guimarães foi o primeiro palestrante da 12ª Feira de Metalmecânica + Inovação Industrial e ExpoConstruções 2019 Mec Show, que começou nesta terça-feira (06) e vai até quinta-feira (8).
"O mundo inteiro discute transição energética. Talvez em 2030, 2040 o petróleo deixe de aumentar o consumo. Não vai acabar, mas com isso, o preço deve cair. Por isso, se o Brasil é rico em petróleo, ele tem uma decisão estratégica a tomar: ou produz rápido, enquanto o produto tem valor, ou talvez ele perca essa oportunidade", comentou.
"A era do petróleo vai acabar? Talvez, mas não no nosso tempo. O mundo quer mudar para um combustível mais limpo, mas enquanto o mundo demandar energia, vamos continuar fornecendo petróleo", acrescentou.
Enquanto o fim da "era do petróleo" não chega, o mercado segue se expandindo. O diretor do IBP acredita que, nos próximos anos, os investimentos no setor devem mais que dobrar saindo de R$ 15 bilhões para R$ 40 bilhões em todo o Brasil.
"O setor andou em crise por uma série de questões que travaram o investimento na indústria. A partir de 2017 a situação começou a mudar. Se tudo que está previsto se consolidar, nosso futuro está contratado. A gente pode saltar de R$ 15 bilhões de investimentos para R$ 40 bilhões já em 2022. Isso é outro mundo", disse confiante.
Guimarães também falou da importância da tecnologia neste setor a qual ele disse ser superior à que levou o homem à lua. "As pessoas pensam que a tecnologia é pouco sofisticada, mas não é. Um setor que trabalha há 200 quilômetros da costa e com dois quilômetros de profundidade deve ter uma tecnologia equivalente para ir até a lua. Talvez até mais, talvez Marte. Porque nessas situações não pode ter erro. É tudo robótica e automação de ponta", analisou.
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