Mesmo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4% registrado neste segundo trimestre, a economia brasileira segue enfrentando desafios. O principal, de acordo com especialistas, é a geração de emprego para favorecer o desenvolvimento da renda e o consumo.
"Nós ainda temos um desemprego alto, renda baixa e o mercado sem capacidade de absorver o investimento. Além disso, tem a questão do preço das commodities, que tem uma relação muito forte com a nossa economia, explica o economista e professor da UVV Wallace Millis.
Outra questão importante, segundo o professor, é a variação do preço das commodities. "Esse assunto tem uma relação muito forte com a nossa economia. Sempre que há uma forte variação nesses preços, os impactos são vistos no PIB", analisou.
O doutor em Contabilidade e Controladoria e professor da Fucape Fernando Galdi ressalta que estamos vivendo o início de uma potencial retomada da economia. "Os sinais são positivos, mas ainda estamos longe de dizer que a recessão ficou para trás", lembrou.
"A expectativa é que, para 2020 e 2021, o crescimento seja maior. Mas, para isso, será preciso que o governo traga boas novidades - que se conclua a reforma da Previdência, que diminua a burocracia com a reforma tributária, que diminua o custo das empresas, que aumente a concorrência, entre outras ações para acelerar o crescimento", disse.
Acelerar o crescimento da economia é algo que não tem sido o padrão no Brasil. A pesquisadora da área de Economia Aplicada do FGV IBRE Luana Miranda, acredita até numa estagnação econômica.
"Se a gente olhar, essa continua sendo a recuperação mais lenta da história. A gente ainda está abaixo do nível pré-recessão. Se formos comparar os investimentos, por exemplo, hoje ainda estamos 26% abaixo do que foi registrado em 2013", justificou.
"Nos últimos anos a economia cresceu 1,1%, depois repetiu o crescimento, agora estamos estimando um crescimento de 1,2%... É muito lento. Praticamente sem evolução", concluiu.
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