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Produtores rurais são as principais vítimas de queimadas, diz entidade

Produtores rurais são as principais vítimas de queimadas, diz entidade

Segundo o pronunciamento divulgado pela entidade, propriedades e áreas de preservação sob responsabilidade do setor do agronegócio estão sendo ameaçadas pelas chamas

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 05:09

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Produtor Rural. (Divulgação/Senar)

Em meio aos incêndios na Amazônia e protestos marcados pelo país, a Aprosoja Brasil (Associação Brasileira de Produtores de Soja) disse em nota, nesta quinta-feira (22), que produtores rurais são as principais vítimas das queimadas ilegais. 

Segundo o pronunciamento divulgado pela entidade, propriedades e áreas de preservação sob responsabilidade do setor do agronegócio estão sendo ameaçadas pelas chamas.

"A motivação [para a nota] foi o bombardeio da imprensa com notícias mentirosas sobre nossa produção", afirmou Bartolomeu Pereira, presidente da Aprosoja Brasil.

A associação afirmou, no comunicado, ser contra o desmatamento ilegal, aquele não permitido pelo Código Florestal.

"É importante saber discernir entre o desmatamento ilegal e o desmatamento autorizado pelo Código Florestal para não criminalizar aquele empreendedor rural que faz investimentos, gera empregos e desenvolvimento," diz o pronunciamento. 

Dentre o conjunto de normas, proprietários de terras são responsabilizados pela preservação de 20% a 80% da vegetação nativa do local, dependendo do bioma. 

O desmatamento ilegal, de acordo com Wellington Almeida, diretor executivo da Aprosoja/MT, é quando o limite do Código Florestal é ultrapassado ou a vegetação é retirada sem autorização.

Segundo a nota, "a Aprosoja Brasil apoia medidas do governo federal que estão garantindo a preservação ambiental da nossa biodiversidade". 

Para Luiz Cornacchioni, diretor executivo da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), o posicionamento da Aprosoja é um exemplo de como o setor se preocupa com questões ambientais. "Estamos pedindo para que o desmatamento ilegal seja combatido. Essa nota foi emblemática", disse ele.

A Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) diz que está "acompanhando com cautela as recentes declarações sobre a preservação na Amazônia". 

"Temos convicção das boas práticas agrícolas e reforçamos que o setor continua firme em seus compromissos assumidos para a valorização da sustentabilidade na cadeia da soja", afirmou, em nota. 

De acordo com a Abiove, o combate ao desmatamento associado à produção de soja é "e sempre será, tratado com prioridade pela entidade". 

Ainda nesta quinta-feira, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o discurso de países europeus sobre o desmatamento da Amazônia é uma política para criar barreiras ao Brasil. 

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"Os europeus usam a questão do meio ambiente por duas razões: a primeira para confrontar os princípios capitalistas. [...] E outra coisa é para estabelecer barreiras ao crescimento econômico de bens e serviços do Brasil", afirmou o ministro. 

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