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'Não há atalho para crescimento sustentado' diz Mário Torós

'Não há atalho para crescimento sustentado' diz Mário Torós

Torós enumera outros fatores internos ligados a esse novo quadro doméstico

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 08:39

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Mario Toros. (BTG Pactual / Youtube/ Reprodução)

Mário Torós, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central e um dos fundadores da Ibiuna Investimentos, afirma que, em um contexto de fortalecimento do dólar no mundo, a mudança estrutural na taxa de juros no Brasil leva o real a se depreciar com mais intensidade do que as divisas de outros emergentes. "O BC tem atuado reconhecendo esse cenário. Há todo um arcabouço de fluxo no balanço de pagamentos que muda por causa do diferencial de juros."

Torós enumera outros fatores internos ligados a esse novo quadro doméstico e que, em maior ou menor grau, também pesam no câmbio: empresas estão trocando dívidas em dólar por real e a contratação de hedge ficou mais barata.

Ao avaliar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), cita a produtividade muito baixa por trabalhador como um fator limitador. "Isso está associado a um custo muito alto de produção, a questão tributária lamentável, infraestrutura e o principal dos fatores, a educação." A seguir, os principais trechos da entrevista.

No cenário externo, não há mais incertezas do que pode estar sendo considerado?

Não. Importante falar que o determinante externo da taxa de juros e das variáveis macroeconômicas é sempre mais relevante. Para as curvas de juros no Brasil, tão importante quanto a aprovação da reforma da Previdência foi o movimento de taxa de juros nos EUA. Em dezembro do ano passado, o Fed (banco central americano) estava subindo a taxa e, meio ano depois, estava baixando. Foi uma mudança importante do Fed, que refletiu nos ativos do Brasil. Tanto é que isso talvez tenha sido o principal fator para o retorno do fundo Ibiúna Hedge STH, que está ganhando 280% do CDI este ano.

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